[Discurso] Jorge Alberto Vieira Studart Gomes

Meus amigos, boa noite!

A exposição que agora inauguramos é um momento grandioso para o nosso Estado e em especial para nós que fazemos a indústria. A simbologia representada pela carnaúba é o retrato fiel do Ceará enquanto povo que naturalmente é forte dadas às agruras que o impulsionam a lutar cotidianamente, em meio a uma geografia complexa e exigente.

Ao longo da história, aprendemos a lidar com essas circunstâncias do mesmo modo que a palmeira nativa que homenageamos enfrenta as intempéries próprias da região semiárida, resistindo altivamente e oferecendo grande serventia aos homens do nordeste.

A árvore da vida tão presente em nosso imaginário sertanejo, é antes de tudo o símbolo da perseverança de um povo acostumado a seguir em frente abrindo caminhos como se esse fosse o nosso destino.

Somos assim porque acreditamos em nós como povo talhado para os grandes desafios, as lutas gloriosas e os feitos épicos.

Exemplos dessa bravura estão registrados na história através das charqueadas, da nossa participação nas guerras do Paraguai e na Itália, ou como soldados da borracha no Acre, designados pelo Brasil de Getúlio Vargas para extração do látex da seringueira, tão essencial para a indústria bélica norte americana, no período da segunda guerra mundial.

Momentos de bravura que estão no DNA de uma gente que é corajosa e desbravadora, tal como Herbert Johnson, que um dia chegou com seu hidroavião ao Ceará, para averiguar o potencial de cultivo da carnaúba que lhe servia em cera para produtos da indústria.

Para o cearense, toda dificuldade torna-se atrativo para a superação, porque isso é da nossa natureza, homens e mulheres feitos de suor e lágrimas, de sol, de fé e de coragem. Cientes da nossa força, estamos permanentemente a buscar o novo, sem temor e sem fronteiras, por sabermos que a maior conquista de um homem é a sua eterna capacidade de aprender com o mundo.

Com essas características, tão identificadas na carnaúba retratada na belíssima exposição, estamos a viver o momento atual na economia cearense. Enquanto o Brasil se esforça para superar um período de estagnação, aqui no Ceará comemoramos a chegada de investimentos que darão uma nova feição ao nosso desenvolvimento.

E isso acontece porque fomos à procura, como os antigos fenícios, cruzando mares e ampliando fronteiras para conquistar novas possibilidades de crescimento. Esses esforços de tantos de nós, guerreiros do setor público ou militantes do setor privado, terão resultados em um destino alvissareiro para o Ceará e para os cearenses.

Meus amigos, manifestações culturais são formas fieis que o homem tem para registrar e reconhecer avanços de uma sociedade.

Com esta exposição, que traz informações sobre a árvore símbolo do Ceará em abordagens sob diferentes ângulos, o Sistema FIEC oferece também um panorama para reflexão acerca dos melhores atributos.

Força, perseverança, serenidade e altivez estão bem observados nas referências da carnaúba e em cada um de nós, cearenses aguerridos e teimosos em ser sempre maiores e melhores.

Aproveitem bastante a exposição.

Um forte abraço,

BETO STUDART

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