[Discurso] Jorge Alberto Vieira Studart Gomes

Senhor Governador do Ceará, meu amigo Camilo Santana, personalidade surpreendente pela conjunção entre jovialidade, responsabilidade e espírito público. A sua presença aqui mais uma vez nos enche de alegria e reforça a nossa crença de que o senhor é uma pessoa talhada para o cargo que ocupa e tenho a absoluta certeza que caminha para ser um dos melhores governadores que o Ceará já teve.

Senhor Marcos Pereira, Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, é um prazer recebê-lo na Casa da Indústria para o lançamento dessas duas valorosas iniciativas do MDIC, o “Plano Nacional da Cultura Exportadora” e o “Programa Brasil Mais Produtivo”. Junto à sua comitiva, sejam muito bem vindos e considerem esta Casa como um lugar de convergência, onde se respira desenvolvimento e cooperação e, por isso, estará sempre de portas abertas para receber todos os que tiverem o propósito de fazer o Ceará e o Brasil crescerem.

Amiga Nicolle Barbosa, secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, industrial que tanto nos orgulha nesta trajetória de dedicação para fomentar o fortalecimento da economia do Ceará, sempre afinada conosco, reconhecendo a importância de construirmos uma indústria cada vez mais competitiva e mais forte para gerar riquezas para o nosso estado. Nicolle,  em seu nome cumprimento todos os executivos e industriais aqui presentes.

Amigo Secretário Antonio Balhmann, um dínamo da máquina pública, sempre atento às oportunidades e imbuído do melhor espírito desenvolvimentista, seu trabalho vigoroso traz muitos bons frutos para todos nós. Em seu nome, saúdo as autoridades,

Senhor Carlos Augusto de Azevedo, Presidente do Inmetro,  instituição de especial relevância, por dar confiança à sociedade nas medições e nos nossos produtos, favorecendo harmonia nas relações de consumo, a inovação e a competitividade. Em seu nome, cumprimento os demais parceiros deste evento e as demais autoridades aqui presentes.

Meus amigos,

No momento em que o país encara o enorme desafio de retomar o crescimento, recebemos, com especial satisfação, essa solenidade, que reúne, na Casa da Indústria, Governo Federal, Governo Estadual, organizações valorosas por suas atividades e empresários. 

Para os amigos que já desfrutam da acolhida desta casa em outras oportunidades, será fácil de entender o entusiasmo. Mas para o nosso Ministro Marcos Pereira e a comitiva do MDIC, que vêm até nós com boas novas, se faz necessário uma breve contextualização.

Há exatos dois anos, neste mesmo auditório, recebi formalmente a missão de presidir a nossa Federação das Indústrias. Pelo meu perfil, venho, desde então, procurando construir pontes e fortalecer relacionamentos, com a exata dimensão da importância da FIEC como uma instituição política.

Porque o meu compromisso ao aceitar presidir esta casa, foi o de defender os interesses da indústria, com absoluto alinhamento ao desenvolvimento do estado.

Hoje, nós, diretores da Federação, presidentes de Sindicatos e todos os que fazem o Sistema FIEC nos orgulhamos em ter personalidades, autoridades e instituições parceiras reunidas para tratar de uma agenda em que o objetivo é fortalecer a indústria, o Ceará e o Brasil.

A despeito das dificuldades que enfrentamos, a situação no País é também uma oportunidade para que homens públicos mostrem seu verdadeiro potencial de liderança. Parabenizo muito especialmente o Ministro Marcos Pereira e o Governador Camilo Santana que, de forma grandiosa, estão aqui, a somar esforços para promover a transformação e a melhoria das condições estruturais, para que o setor produtivo possa trabalhar para dinamizar a economia.

Aqui no Ceará, Ministro, faço questão de ressaltar, o Governador Camilo tem sido um parceiro leal e transparente nesse pouco mais de um ano e meio de gestão do Estado. 

Prova dessa assertiva, é que não tem se recusado a ouvir e a debater com a indústria os problemas comuns que dizem respeito ao setor produtivo e ao Ceará. Lhe sou grato mais uma vez, amigo Camilo, por tê-lo conosco nesse momento na acolhida ao Ministro Marcos Pereira.

A sua altivez nos encanta e nos anima a acreditar nas pessoas vocacionadas para a vida pública.
Ministro Marcos Pereira, a crise pela qual o Brasil passa, e que estamos motivados a superar, tem vários componentes. Um deles é a falta de capitalização.

Para muitos, o aumento do superávit na balança comercial é o ponto crucial para atrairmos divisas. Isto é correto e o lançamento do Plano Nacional de Cultura Exportadora, que se propõe a ampliar a inserção internacional da indústria brasileira, atende aos anseios de quem busca alcançar o mercado externo. 

No entanto, ressalto que, no nosso entendimento, ultrapassar fronteiras comerciais não pode ser via de mão única. Muitas vezes, saber comprar, importar bem, amplia as possibilidades de maiores ganhos em produtividade e em competitividade.

O Ceará dá provas de como esse movimento é impactante. No acumulado deste ano de 2016, a nossa balança comercial está negativa, porque estamos a importar equipamentos para um parque industrial em consolidação. Neste caso específico, temos a certeza de que, no futuro próximo essas importações terão sido decisivas para o avanço economia cearense.

Entender a engrenagem que movimenta as bases das relações comerciais externas é um eterno aprendizado. Quanto melhor capacitados estivermos, maior proveito teremos para nos tornarmos competitivos.

Em termos de capacitação, estamos caminhando bem para que empresários, investidores e executivos possam ter maior inserção no exterior. O processo de internacionalização de empresas não é simples, porque exige o conhecimento sobre a cultura do país de interesse, idioma, hábitos de consumo, economia local, entre outros.

O Governo Federal tem um papel fundamental a ser desempenhado nesse cenário que pretende uma indústria cada vez mais forte e conectada ao mercado internacional.

Quando me refiro ao papel fundamental, Ministro, gostaria de situar o MDIC como elemento de articulação nessa conjuntura. O Ministério pode ser o ponto focal no Planalto para as ações que envolvem diretamente o setor empresarial.
Nesta função, o Ministério seria o grande articulador entre os Ministérios de Relações Exteriores, Fazenda, Planejamento, Casa Civil, e o setor produtivo. 

Temos muito claro de como andam lado a lado a competitividade e a infra-estrutura, assim como a produtividade e o custo Brasil. Sabemos que precisamos reavaliar os instrumentos fiscais compensatórios; que temos que incrementar a infraestrutura, dar eficiência à logística e modernizar a legislação trabalhista; que é necessário desburocratizar a máquina pública, que é fundamental investir incansável e adequadamente na educação dos brasileiros e na sua capacitação para o mundo do trabalho. 

Estando o MDIC no centro dessa rede articulada, questões elementares para o nosso desenvolvimento podem ganhar maior atenção e mais celeridade, necessárias para dar ritmo ao progresso, e o Ministério estará exercendo com excelência sua verdadeira vocação que é fomentar a indústria, o comércio e o serviço.

A missão é complexa e desafiadora, mas temos certeza de que o senhor a desempenhará com maestria, alcançando o sucesso esperado e necessário para termos o crescimento de volta.

Meus amigos, a economia do país vem dando sinais de que o pior já passou e não podemos desperdiçar o momento. Sigamos todos juntos, porque a hora é de unir para avançar. A Federação das Indústrias do Ceará renova seu compromisso e dedica sua energia para esse esforço conjunto que vai permitir ao setor produtivo gerar riqueza e renda, retomando seu lugar de dinamizador da economia. 

Um bom dia e forte abraço a todos

BETO STUDART

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