Em parceria com Sindienergia-CE e Sebrae, IEL Ceará realiza hackathon em busca de soluções inovadoras para o setor energético
A busca por soluções criativas para transformar o setor energético ganhou força em mais uma edição do hackathon do Proenergia Summit. Realizado nesta quinta-feira (25/09), no Centro de Eventos do Ceará, o desafio reuniu estudantes, profissionais e startups em uma maratona de inovação voltada para a geração de ideias aplicáveis à transição energética. A iniciativa é uma parceria entre o Hub de Inovação do Instituto Euvaldo Lodi do Ceará (IEL Ceará), o Sindienergia-CE e o Sebrae.
Para o Head do Hub de Inovação do IEL Ceará, Moésio Bastos, a atividade reforça a importância da união entre diferentes agentes do setor. “Oito times estão aqui apresentando suas soluções para esse setor que é tão estratégico para o nosso estado. São soluções inovadoras que prospectamos e trouxemos para acessar o mercado e contribuir com a transição energética do nosso estado e do nosso país”, destacou. Ele complementou que o IEL Ceará, através do Hub, tem cada vez mais intensificado esse trabalho de prospectar, especialmente na Academia, soluções inovadoras que possam contribuir com o desenvolvimento da indústria local.
De acordo com Alan Batista, Diretor de Inovação do Sindienergia-CE, o Proenergia Summit 2025 ampliou ainda mais o espaço para soluções disruptivas. “Contamos com 12 soluções inovadoras, incluindo startups, empresas de tecnologia avançada, projetos de pesquisa aplicada e o hackathon, uma competição para que equipes de estudantes e profissionais apresentassem ideias inovadoras e o resultado foi extremamente satisfatório”, explicou.
Regulamento e banca avaliadora
Nesta edição, os participantes tiveram a missão de responder a desafios contemporâneos. As equipes tiveram cinco minutos para apresentação e mais cinco minutos para responder às perguntas da banca, com tempo cronometrado e ordem definida por sorteio. Os itens de avaliação, com seus respectivos pesos, foram: Impacto e Potencial do Negócio (40%), Inovação e Originalidade (30%), Viabilidade Técnica e Execução (20%) e Qualidade da Apresentação (10%).
A banca avaliadora contou com Fernando Antunes, professor titular do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará; Vitor Fontenele, CEO da Impulso Engenharia; Micael Rezende, coordenador de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ceneged; Edna Cordeiro, fundadora da Biopolitech; e Henrique Diógenes, gerente de Data Analytics da Casa dos Ventos.
Patrocinadora da competição, a Casa dos Ventos também levou seus próprios desafios para dentro do evento. “Fomos encarregados de trazer questionamentos do nosso setor de energia renovável para este hackathon. O objetivo é gerar ideias inovadoras para o nosso negócio e, ao mesmo tempo, identificar talentos que possam fazer parte da empresa no futuro”, afirmou Henrique Diógenes.
Equipes participantes
As equipes Flowenergy, Greenspark e Lumina foram as grandes vencedoras do hackathon do Proenergia Summit 2025, ficando em primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente. Elas receberam premiação em dinheiro, além do feedback de especialistas sobre as suas respectivas propostas. O 1º lugar foi recompensado com R$ 5 mil; o 2º lugar com R$ 3 mil; e o 3º lugar com R$ 2 mil.
A Flowenergy destacou-se pela identificação de um problema real do setor e pelo desenvolvimento colaborativo de uma solução prática. “Foi um dia intenso, de muita pesquisa e imersão. Conseguimos montar uma solução que dialoga diretamente com os desafios enfrentados pelas empresas de energia. A sensação é de dever cumprido”, afirmou Sérgio Banhos.
A Greenspark desenvolveu uma plataforma para capacitação de mão de obra especializada com alta fidelidade ao ambiente produtivo. “Estamos propondo soluções que unem inteligência artificial e ambientes virtuais semelhantes a jogos, com protótipos realistas. O objetivo é apresentar a plataforma às empresas para avaliar se as expectativas são atendidas”, explicou Rolf Freitas, tech lead da equipe.
Já a Lumina apostou em plataformas web e de realidade virtual. “Foi o meu primeiro hackathon, uma experiência intensa como todo hackathon, mas também muito gratificante. Passamos a noite em desenvolvimento e, quando fomos selecionados, foi uma surpresa enorme. Acreditávamos no potencial do projeto e viver essa experiência foi maravilhoso”, relatou Sofya Oliveira.
Mesmo sem chegar à final, a equipe Kulombolola, formada por estudantes de Engenharia de Energias da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), ganhou destaque por trazer uma perspectiva internacional ao desafio.
“Foi um desafio que exigiu muito de nós, ainda mais vindo de outra região e de outro país. Tivemos menos de 24 horas para desenvolver e foi uma experiência inesquecível. Pensamos em um marketplace sustentável para facilitar a entrada de clientes no mercado livre de energia, com inteligência artificial para reduzir burocracias e ampliar a acessibilidade desse processo”, contou Mauricio Salamba.