FIEC e Amazônia+21 expandem Facility de Investimentos Sustentáveis para a Caatinga e fortalecem agenda ESG no Ceará

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) anunciou, na manhã desta terça-feira (19/08), a expansão da Facility de Investimentos Sustentáveis (FAIS) para o bioma Caatinga, em parceria com o Instituto Amazônia+21. A iniciativa visa mobilizar recursos financeiros privados e filantrópicos para projetos socioambientais, fortalecendo cadeias produtivas e promovendo o desenvolvimento sustentável do bioma. O presidente do Instituto Amazônia+21 e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO),  Marcelo Thomé, a secretária do Meio Ambiente do Ceará, Vilma Freire, e o diretor Financeiro da FIEC, Edgar Gadelha, participaram da solenidade.

Representando a FIEC, estiveram ainda o 1º vice-presidente, Carlos Prado; o vice-presidente, André Montenegro; o diretor Administrativo, Chico Esteves; diretor Financeiro Adjunto, Carlos Rubens; o diretor Lélio Matias;  o superintendente do SESI Ceará e diretor regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda; o superintendente de Relações Institucionais da FIEC, Sérgio Lopes; a gerente do Núcleo ESG-FIEC, Alcileia Farias; e os conselheiros fiscais Pedro Alfredo e Marcos Albuquerque.

Durante o lançamento, o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, reforçou que o bioma Caatinga, predominante no Nordeste, exige atenção estratégica e ações de preservação contínuas. “Este momento representa um ponto de partida para desenvolvermos projetos que promovam o replantio e a ampliação de áreas preservadas, com corresponsabilidade de empresas, sociedade e investidores”.

Marcelo Thomé evidenciou o papel catalítico da Facility e a importância de transformar desafios ambientais em oportunidades de investimento. “A Caatinga apresenta grande potencial para projetos de mercado de carbono. A partir deste acordo, poderemos estruturar múltiplos projetos alinhados à realidade do semiárido, mobilizando recursos financeiros e estabelecendo um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico sustentável”, disse o presidente do Instituto Amazônia+21.

Caatinga ganha protagonismo socioambiental

Representando o Governo do Estado do Ceará, a secretária do Meio Ambiente do Ceará destacou a relevância do bioma e o papel da federação na promoção de investimentos sustentáveis. “A Caatinga é o bioma que mais captura carbono e possui enorme potencial para projetos de desenvolvimento sustentável. Esta parceria com a FIEC viabiliza iniciativas concretas que geram emprego, renda e preservação ambiental, colocando o bioma em evidência no cenário nacional”, afirmou Vilma Freire.

O diretor Financeiro da FIEC e presidente do Sindcarnaúba, Edgar Gadelha, explicou que a Facility já possui infraestrutura consolidada para mobilizar recursos de fundos nacionais e internacionais. “Estamos capacitando o bioma Caatinga para receber investimentos e recursos de fundos privados. Muitos projetos socioambientais já existem, mas ainda em pequena escala. A Facility permitirá ampliar essa atuação, com segurança jurídica e impacto real.”

Segundo o gerente de Desenvolvimento Sustentável da Federação, Joaquim Rolim, a atuação da FAIS na Amazônia é um case de sucesso que tende a ser replicado na Caatinga. “O objetivo é integrar desenvolvimento econômico, social e ambiental, com apoio financeiro e institucional. A FIEC, com experiência na área, está ampliando sua atuação, e o presidente Ricardo Cavalcante tem demonstrado muito entusiasmo com os resultados”.

Estrutura da Facility e áreas de atuação

A FAIS é uma ferramenta estruturante, baseada em Blended Finance, que atua por meio de quatro plataformas integradas: investimento, engajamento, assistência técnica e geração de conhecimento. Com governança sólida e compliance rigoroso, a Facility oferece segurança jurídica e transparência aos investidores e gestores de fundos.

Os recursos da FAIS são direcionados a projetos de bioeconomia, agricultura de baixa emissão, energia renovável, turismo sustentável e desenvolvimento territorial, garantindo escala e impacto socioambiental mensurável.

Próximos passos e impactos previstos

O evento, realizado no Salão Aberto da Casa da Indústria, contou com apresentações técnicas que mostraram o caso concreto da FAIS na Amazônia e os planos para implantação na Caatinga.

Segundo Fernando Penedo, diretor de Operações e Projetos do Instituto Amazônia+21, o cronograma prevê a instalação de 260 novos projetos, com retorno financeiro de sete vezes o valor investido. “O projeto começa com o lançamento de hoje, com cinco meses de trabalho para definir áreas, veículos financeiros e parceiros, iniciando a implementação no próximo ano, em uma jornada de longo prazo para o desenvolvimento econômico sustentável”, detalhou.

Sérgio Marcondes, consultor técnico da Facility de Investimentos Sustentáveis, destacou que a participação da FIEC e das demais federações envolvidas é fundamental. “A FIEC, como principal protagonista, promove o contato com a indústria e com os demandantes de capital, identificando as oportunidades de investimento. A partir dessa demanda e das características da indústria local, podemos definir as melhores estratégias financeiras.”

O presidente da Associação Caatinga, Daniel Fernandes, apresentou os planos de expansão e restauração ambiental no Ceará. “Nosso objetivo é reduzir áreas degradadas e ampliar Unidades de Conservação. Este é um momento de transformação para a Caatinga e a união de esforços entre setor privado, governo e sociedade indica que estamos no caminho certo para um desenvolvimento sustentável e inclusivo".

Em sua apresentação, mostrou que o Ceará possui 47 Unidades de Conservação, mais de 30 delas com apoio da Associação Caatinga, incluindo a maior do estado, a Serra das Almas.

Compromisso da FIEC com a pauta

O presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, também destacou o histórico da instituição na pauta ambiental e a relevância da iniciativa. “A FIEC tem dedicado esforços significativos a esta temática nos últimos cinco anos. Tivemos a visão de demonstrar a importância da indústria e seu compromisso com a preservação ambiental. Hoje contamos com mais de 50 empresas cadastradas em nosso sistema e iniciamos uma nova etapa, na qual unimos as agendas de ESG e reflorestamento para ampliar a proteção e recuperação do bioma Caatinga”, afirmou.

Com a integração da FAIS ao Ceará, a FIEC estrutura projetos de restauração da vegetação nativa, expansão de Unidades de Conservação e mecanismos financeiros para atrair investimentos de longo prazo. “A expectativa é que o Fundo Catalítico Caatinga se torne um instrumento central para o financiamento de iniciativas ambientais, consolidando o Ceará como referência nacional em práticas ESG e desenvolvimento sustentável”, concluiu o presidente.

Presenças

Também participaram da solenidade o presidente da ABIH Nacional, Manoel Cardoso Linhares; o coordenador-geral da AJE Fortaleza, Tiago Guimarães; a presidente da ABEOC Brasil, Enid Câmara; o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Amazônia+21, Guilherme Gonzales; o presidente do Sindlacticínios, José Antunes Mota; a presidente do Sindicouros, Márcia Oliveira; a presidente do Sindicafé, Milene Pereira; o presidente do Sindiverde, Mark Augusto Lara; o presidente do Sindipneus, Carlos Alberto Veríssimo de Oliveira; a vice-presidente de Sustentabilidade do Sinduscon, Paula Frota; entre outros.