FIEC inicia Plano de Cultura de IA para capacitar colaboradores e criar agentes inteligentes
O Sistema FIEC deu início ao Plano de Cultura de Inteligência Artificial (IA), uma iniciativa estratégica que busca inserir a tecnologia no dia a dia da instituição de forma gradual e responsável. O objetivo é capacitar colaboradores, estabelecer diretrizes de governança e transformar a IA em ferramenta de apoio ao trabalho humano.
O plano envolve diferentes setores do Sistema FIEC que participam da agenda de Transformação Digital e será implementado em etapas, com o apoio de diversos parceiros no processo de implantação. Segundo Dana Nunes, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará) e líder da Transformação Digital, a proposta parte de um princípio claro: colocar as pessoas no centro do processo.
"Nós estamos num momento crucial, em que existem muitas tecnologias. Mas é importante saber como conectá-las às necessidades do negócio. Para avançar em Inteligência Artificial, precisamos trabalhar toda uma cultura, envolvendo e qualificando as pessoas. Com essa estratégia, liderada pelo presidente Ricardo Cavalcante, o Sistema FIEC lançou recentemente, junto às suas casas, o Plano de Cultura de IA, pelo qual estamos estabelecendo governança, políticas e diretrizes, ao mesmo tempo em que capacitamos nossos colaboradores para seguir numa jornada com segurança e responsabilidade", destaca.
Capacitação e agentes inteligentes
A primeira ação, prevista ainda para este ano, será a capacitação dos colaboradores para interagir com a tecnologia no seu cotidiano. "Esse será o primeiro contato dos colaboradores com os agentes de inteligência. Depois, vamos identificar os processos internos que podem ser trabalhados com IA e, em seguida, escolher a ferramenta mais adequada para criar esses agentes. A ideia é que, ainda em 2025, todos já tenham noções claras do que é a IA, para que serve e como utilizá-la da melhor forma em seu dia a dia", explica Débora Capistrano, gerente da Gerência de Planejamento (GEPLA).
Na prática, os chamados agentes de IA funcionam como programas inteligentes capazes de executar tarefas específicas a partir de comandos fornecidos pelas pessoas: os prompts. Eles não substituem funções de profissionais ou departamentos inteiros, mas assumem atividades repetitivas e operacionais, liberando as equipes para tempo de análise de dados para decisões estratégicas, criação e inovação.
A cada passo, o Plano de Cultura de IA terá foco no engajamento dos profissionais das mais diversas áreas do Sistema FIEC, para desenvolver habilidades digitais e ampliar o sucesso das iniciativas no âmbito da Transformação Digital. Um ponto central será a gestão da mudança, deixando claro que a IA chega como ferramenta de apoio, não como substituta de profissionais — reduzindo dúvidas e resistências.
Outro eixo da jornada será a análise dos processos internos, identificando áreas em que a tecnologia pode gerar maior valor e impacto positivo. A implementação terá a segurança como prioridade, com proteção de dados e aderência às regras existentes.
Inovação com propósito
A cultura de IA será pautada pela visão de que os agentes artificiais são colaboradores auxiliares, responsáveis por tarefas operacionais e de suporte, liberando os profissionais para atividades de maior valor.
"O Sistema FIEC já é referência no uso de IA para orientar a tomada de decisão e otimizar trabalhos. A jornada agora é acelerar e ampliar esses impactos, com uma cultura de inovação aberta a novas aplicações. Essa iniciativa representa um passo estratégico rumo à inovação com propósito, unindo diferentes áreas em um protagonismo compartilhado e colocando a inteligência artificial a serviço do desenvolvimento sustentável do Ceará", ressaltou Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria.