Sindfrio participa de testes para implantação da Plataforma Nacional da Indústria do Pescado
O Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca no Estado do Ceará (Sindfrio) participou, nesta sexta-feira (06/09), dos testes de validação da Plataforma Nacional da Indústria do Pescado, sistema digital desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com o Ministério da Pesca e da Agricultura (MPA), para facilitar a certificação de produtos pesqueiros. A atividade foi realizada na Casa da Indústria.
Segundo Carla Tolentino, Chefe de Divisão do Departamento da Indústria do Pescado (DIP) da Secretaria Nacional de Pesca Industrial, Amadora e Esportiva, a Plataforma será utilizada para emissão do Certificado Oficial de Boas Práticas a Bordo e do Certificado de Acreditação de Origem Legal, documento necessário para exportação de produtos da pesca marinha. A previsão é que o sistema passe a funcionar ainda neste ano.
“Estamos apresentando o sistema para que as empresas façam o teste e opinem sobre o que cabe ou não, o que vai ser melhor, contribuindo para o aperfeiçoamento. Sabemos que problemas vão aparecer, mas nosso objetivo é reduzir, desde agora, essas dificuldades previstas”, afirma Carla.
Para o Gerente Comercial da Compex Indústria e Comércio de Pesca e Exportação, Leonardo Marinho, a Plataforma deve garantir mais celeridade aos processos de certificação e, consequentemente, agilizar a negociação entre empresas cearenses e o mercado exterior.
“O Certificado de Acreditação de Origem Legal, por exemplo, é muito importante para a indústria pesqueira do Ceará, porque nos dá a possibilidade de adentrar mercados que exigem uma pescaria completamente legal, rastreável e sustentável do produto. Com a implementação desse novo sistema, vai haver mais celeridade na emissão desse certificado, que hoje é um pouco morosa, já que é feita de forma manual”, pontua.
Felipe Goyanna, Superintendente substituto do MPA no Ceará, destacou a relevância das certificações para a indústria pesqueira local. “Nós somos o maior exportador de pesca do país. A lagosta é um produto muito forte aqui e o atum, que chegou há pouco tempo, também se tornou muito importante. A gente fazia esse trabalho de certificação manualmente, com conferência de documentos, notas fiscais e papéis. Agora, com a adoção do sistema, tudo isso se tornará mais rápido, prático e mais eficiente”.
Professor da UFSM e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da plataforma, Alencar Machado afirma que a contribuição do setor produtivo é fundamental para que o sistema atue de forma efetiva. “Já passamos pelas etapas de análise dos processos, melhoria, desenvolvimento e validação com o Ministério da Pesca. Hoje, estamos aqui para fazer uma validação com o setor produtivo, para que ele tenha a oportunidade de se manifestar antes e para que não exista aquela surpresa no momento da implantação”.