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Programa Internacional em Economia Azul tem início em Lisboa com foco em sustentabilidade e inovação

13/11/2025 - 12h11

Teve início nesta terça-feira (11/11), em Lisboa, Portugal, o Programa de Educação Executiva Internacional em Economia Azul, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), com apoio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará), em parceria com a Nova School of Business & Economics (Nova SBE). A jornada, que se estende até o dia 15 de novembro, reúne 28 líderes empresariais, executivos e gestores cearenses em uma imersão sobre os desafios e oportunidades da chamada economia do mar, setor estratégico para o futuro do desenvolvimento sustentável global.

A abertura oficial aconteceu no campus da Nova SBE, em Carcavelos, e contou com a presença do reitor, Pedro Oliveira, do diretor de programas executivos, Pedro Brito, e do presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, que destacou a importância de conectar o empresariado cearense às tendências internacionais.

“Estamos dentro de uma grande transição. Não apenas energética, mas também econômica. E é por isso que estamos aqui, para aprender, compreender e avançar juntos. O Ceará tem uma vocação natural para a economia azul e precisa olhar para o mar como vetor de desenvolvimento”, afirmou o presidente da FIEC. Para ele, a formação oferecida pelo programa representa uma oportunidade de fortalecer o conhecimento e preparar os líderes cearenses para os novos desafios globais. “Nós, industriais, somos transformadores por essência. E quando unimos conhecimento, inovação e propósito, conseguimos ir mais longe. Essa é a força que move o Ceará e que nos faz acreditar no futuro”, afirmou.

O primeiro dia de programação foi marcado por um mergulho conceitual no tema com o professor Luís Veiga Martins, diretor acadêmico do programa e especialista em sustentabilidade corporativa. Em sua aula inaugural, ele destacou que o oceano é a base da vida no planeta e deve ser visto como fonte de equilíbrio e prosperidade. “O oceano é o verdadeiro coração do planeta. Não há vida na Terra sem um oceano saudável, porque é dele que vem metade do oxigênio que respiramos, a regulação do clima e os recursos que sustentam inúmeras atividades econômicas”, afirmou. Para ele, a economia azul é um modelo de crescimento que usa os recursos marinhos de forma sustentável, criando emprego e riqueza sem comprometer o equilíbrio ecológico”

A programação contou também com a participação especial do economista e empresário belga Gunter Pauli, autor do livro Economia Azul e criador do conceito que inspira a iniciativa. Pauli apresentou exemplos de projetos inovadores que unem impacto ambiental positivo e desenvolvimento econômico, defendendo uma nova mentalidade voltada para soluções regenerativas. “O segredo da economia azul é transformar desafios em oportunidades. Não precisamos analisar problemas, mas identificar onde podemos agir. Quando focamos em oportunidades e implementamos soluções locais, criamos novos mercados e mudamos as regras do jogo”, destacou. Segundo ele, o Brasil tem papel estratégico nesse movimento global: “Com sete mil quilômetros de costa, o país tem tudo para liderar uma nova economia baseada na regeneração e na inovação inspirada pela natureza”, pontuou.

Durante a tarde, os participantes conheceram mais sobre o ecossistema de inovação e empreendedorismo da Nova SBE. O diretor de Programas Executivos, Pedro Brito, explicou que o campus foi projetado para integrar conhecimento, tecnologia e sustentabilidade. “Decidimos estar próximos do oceano porque ele é parte da nossa identidade e daquilo que ensinamos. Aqui, inovação, sustentabilidade e o mar se cruzam todos os dias”, explicou. Ele também destacou a vocação internacional da instituição: “Temos estudantes de 92 nacionalidades e um ecossistema de startups dinâmico que conecta Portugal ao mundo, sendo uma porta de entrada natural para empresas brasileiras interessadas no mercado europeu”, disse.

Na sequência, a ex-ministra da Agricultura e do Mar de Portugal, Assunção Cristas, conduziu uma aula sobre o European Green Deal e suas oportunidades para a economia azul. “A Europa assumiu um compromisso inequívoco com a neutralidade climática até 2050. O Pacto Ecológico é uma estratégia econômica que redefine o crescimento com base em energia limpa, inovação e proteção dos ecossistemas marinhos”, destacou. Para ela, o oceano deve ocupar papel central nesse processo de transição: “Não existe sustentabilidade sem o mar. O oceano precisa estar no centro das decisões políticas, econômicas e sociais”.

O encerramento do primeiro dia incluiu uma sessão de networking no campus da Nova SBE, com a participação de representantes do ecossistema de economia azul português. O encontro proporcionou trocas entre empresários brasileiros e entidades europeias que atuam em setores como biotecnologia marinha, aquacultura e energia oceânica, além de uma sessão de autógrafos com Gunter Pauli.

A agenda do programa segue ao longo da semana com aulas, visitas técnicas e debates sobre inovação tecnológica, inteligência artificial, finanças sustentáveis e biotecnologia azul. Estão previstas visitas a instituições de referência como a Fundação Oceano Azul, a A4F – Algae for Future e o Porto de Lisboa, reforçando o caráter prático e internacional da formação.

Com uma grade que combina teoria, prática e intercâmbio de experiências, o Programa Internacional em Economia Azul tem como objetivo preparar líderes industriais para um novo ciclo de desenvolvimento sustentável, integrando ciência, economia e meio ambiente sob uma mesma perspectiva de futuro.

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ESG: Environmental, Social and Corporate Governance (Ambiental, Social e Governança Corporativa)

Ambiental

6 Água potável e saneamento 7 Energia acessível e limpa 9 Indústria, inovação e infraestrutura 11 Cidades e comunidades sustentáveis 12 Consumo e produção responsáveis 13 Ação contra a mudança global do clima 14 Vida na água 15 Vida terrestre

Social

1 Erradicação da pobreza 2 Fome zero e agricultura sustentável 3 Saúde e bem-estar 4 Educação de qualidade 5 Igualdade de gênero 6 Água potável e saneamento 8 Trabalho decente e crescimento econômico 9 Indústria, inovação e infraestrutura 10 Redução das desigualdades 12 Consumo e produção responsáveis 16 Paz, justiça e instituições eficazes

Governança

5 Igualdade de gênero 8 Trabalho decente e crescimento econômico 9 Indústria, inovação e infraestrutura 11 Cidades e comunidades sustentáveis 12 Consumo e produção responsáveis 13 Ação contra a mudança global do clima 16 Paz, justiça e instituições eficazes 17 Parcerias e meios de implementação
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