FIEC e Academia Cearense de Economia analisam cenários para o Brasil em ano eleitoral
A Academia Cearense de Economia (ACE) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) promoveram nesta segunda-feira (03/11) uma palestra com o tema "Conjuntura econômica em ano de eleição", reunindo representantes do setor produtivo e especialistas para analisar os possíveis cenários do país em 2026. A apresentação ficou a cargo do economista Luís Paulo Rosenberg, presidente da Rosenberg Partners, profissional com trajetória que inclui passagens pelo Ministério do Planejamento, Banco Central, instituições acadêmicas no Brasil e no exterior, além de atuação como conselheiro em grandes empresas.
O Vice-Presidente da FIEC, André Montenegro, destacou o quanto encontros como este contribuem para ampliar o entendimento do setor industrial sobre a dinâmica econômica. "Temos conseguido aproximar especialistas e lideranças ao estimular conversas que ampliam repertórios e inspiram práticas inovadoras. Recentemente fizemos uma missão internacional em Hong Kong e algumas visitas técnicas a escolas politécnicas evidenciaram a importância de garantir oportunidades iguais desde a formação escolar para impulsionar países que desejam crescer de maneira sustentável", relatou.
O Presidente da Academia Cearense de Economia, Sérgio Melo, contextualizou que o Brasil vive um período de transição que não se limita ao cenário nacional, já que diversos países enfrentam movimentos semelhantes. "O momento pré-eleitoral exige atenção tanto para as possibilidades de continuidade das políticas atuais quanto para a chance de mudanças significativas caso outro projeto de governo seja eleito. Discutir cenários, riscos e oportunidades se torna indispensável para orientar decisões em um ambiente em que visões distintas sobre desenvolvimento e gestão econômica podem ganhar protagonismo no curto prazo", explicou.
Melo também destacou a qualificação de Luís Paulo Rosenberg, mencionando sua atuação em instituições estratégicas e sua experiência acadêmica, o que, segundo ele, proporciona ao público uma abordagem abrangente e consistente sobre os caminhos possíveis para a economia brasileira.
Competitividade industrial
O Assessor Econômico da FIEC, Lauro Chaves, reforçou que compreender cenários econômicos é um dos pilares para fortalecer a competitividade do setor industrial. "Avaliar tendências e probabilidades permite às indústrias aprimorar seus planejamentos, ajustar estratégias e se preparar para diferentes contextos. Essa prática reduz vulnerabilidades e aumenta a capacidade de resposta diante de transformações no mercado, contribuindo para que empresas cearenses conquistem resultados consistentes mesmo em períodos de incerteza", disse.
Segundo Chaves, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará, sob a liderança do Presidente Ricardo Cavalcante, acompanha atentamente fatores que podem influenciar o desempenho das empresas locais.
Panorama e narrativas para 2026
O palestrante abriu sua fala destacando a iniciativa da FIEC e da Academia Cearense de Economia em estimular reflexões antecipadas sobre o futuro. Antes de apresentar suas análises, ele comentou a postura proativa do empresariado cearense, que busca compreender tendências e agir antes que os acontecimentos se concretizem.
Luís Paulo Rosenberg avaliou o desempenho recente da economia brasileira e afirmou que o país encerra o ano com indicadores mais positivos do que o debate eleitoral sugere. "A inflação se encontra sob controle, o mercado de trabalho apresenta equilíbrio saudável e as contas externas exibem robustez, com reservas adequadas para enfrentar oscilações internacionais. O ambiente eleitoral de 2026 deve intensificar disputas por narrativas. De um lado, o governo tende a destacar resultados econômicos; de outro, a oposição deverá buscar pautas alternativas para equilibrar o debate", avaliou.
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