Expo Conecta Alimentos 2025 impulsiona inovação e competitividade da indústria cearense
	
A cadeia produtiva alimentícia voltou a ser o centro das atenções na Casa da Indústria nesta quarta-feira (29/10), com a abertura oficial da Expo Conecta Alimentos 2025. Realizado pelo Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas do Estado do Ceará (Sindialimentos-CE), com apoio do Sistema FIEC e do Sebrae Ceará, o evento reúne empresários, empreendedores, fornecedores, profissionais da indústria e instituições de apoio com o propósito de fortalecer a inovação, ampliar a competitividade e abrir novas fronteiras de mercado, especialmente no comércio exterior.
Durante a cerimônia de abertura, o presidente do Sindialimentos-CE, Isaac Matos Bley, destacou o papel do associativismo como força motriz do crescimento industrial. “Quando pensamos na cadeia de alimentos, percebemos que ela é, por natureza, transversal. Conecta o campo à cidade, o produtor à indústria e o trabalhador à mesa do consumidor. É um setor que gera oportunidades em todas as pontas e que carrega histórias de trabalho, parceria e confiança”, afirmou.
Isaac ressaltou ainda que o maior ativo do setor não se resume ao faturamento ou ao volume de produção, mas às pessoas que o constroem diariamente. “Ser parte de um sindicato é um ato de cidadania e de cooperação. Nenhuma empresa cresce sozinha, e nenhum setor se fortalece isolado. É na união que encontramos as respostas para os desafios e as oportunidades que o futuro nos apresenta.”
	
Representando o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, o diretor regional do SENAI Ceará e superintendente do SESI Ceará, Paulo André Holanda, destacou o evento como um espaço de integração entre os diversos elos do setor produtivo. Ele enfatizou que a FIEC, por meio de suas casas — SESI, SENAI e IEL —, atua de forma estratégica para promover a inovação, a educação profissional e o avanço tecnológico da indústria cearense.
“A Expo Conecta Alimentos reflete o compromisso do Sistema FIEC em reunir empresários, profissionais e governo em torno de um mesmo objetivo de fortalecer a indústria e abrir caminhos para o comércio exterior. Recentemente, realizamos uma missão técnica à China voltada à educação profissional e à área de alimentos, um exemplo concreto de como a inovação e a internacionalização caminham juntas”, afirmou Paulo André.
Parceiro estratégico do evento, o Sebrae Ceará reafirmou seu compromisso com o fortalecimento das micro e pequenas empresas do setor de alimentos. “Essa feira simboliza a união entre tecnologia, produção e inovação. Mesmo em sua segunda edição, já demonstra um potencial de crescimento notável, e o Sebrae tem muito orgulho de fazer parte dessa trajetória. Nosso desafio agora é olhar também para o mercado internacional, desmistificando as dificuldades e mostrando que exportar é viável. O Ceará tem capacidade e qualidade para se destacar no mundo”, afirmou o analista Rogério Morais.
	


Reflexão sobre novos modelos de negócio
A palestra magna da abertura ficou a cargo de Marcos Braun, consultor empresarial e especialista em planejamento estratégico, com o tema “Novo Mundo, Nova Empresa, Novo Líder”. Durante a apresentação, o especialista provocou o público a refletir sobre as transformações do mercado e os novos desafios da gestão empresarial.
	
“A disputa não é mais por produtos ou serviços, mas por estratégias de negócio. As empresas precisam repensar seus processos, compreender seus custos invisíveis e buscar eficiência em todas as etapas da operação. A eficiência operacional e o bom uso dos recursos são fundamentais. Tudo o que é feito precisa ser feito com excelência, e o maior custo das empresas está, muitas vezes, naquilo que não é mensurado: o retrabalho e a falta de adaptação a novas realidades”, afirmou.
Valorização regional e exportação em destaque
A programação seguiu com dois painéis temáticos que reforçaram o papel da ciência, da tecnologia e do comércio internacional no fortalecimento da indústria alimentícia cearense.
O primeiro deles, “Valorizando produtos regionais com ciência e tecnologia, do campo à indústria”, contou com a participação de Lucas Antônio de Sousa Leite (Embrapa), Fernando Furlani (Itaueira) e Rita Grangeiro (Soul Coco). O debate destacou o potencial da pesquisa aplicada e da inovação tecnológica para agregar valor aos produtos locais, ampliando sua presença em novos mercados e fortalecendo cadeias produtivas sustentáveis.
	
O especialista em inovação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará), Fábio Braga, mediador do debate, reforçou a importância de fortalecer o ambiente colaborativo entre empresas e instituições de pesquisa para impulsionar a competitividade do setor alimentício. “A inovação acontece de forma colaborativa. Quando observamos os processos das indústrias, percebemos o quanto os pesquisadores do nosso estado podem contribuir para aprimorar cada etapa da produção. O IEL Ceará está de portas abertas para fomentar essa troca, fortalecer parcerias e avançar juntos na busca por soluções que transformem a indústria”, afirmou.
O segundo painel do dia abordou o tema “Exportação como Caminho para a Competitividade”, mediado por Mônica Luz, especialista em exportação. Na ocasião, a presidente do Conselho de Relações Internacionais da FIEC e gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Karina Frota, destacou o papel expressivo do Ceará no cenário nacional. “O estado é o maior exportador de água de coco e de castanha de caju do país, além de ter grande destaque no envio de pescado e biscoitos. Isso mostra como o setor de alimentos é dinâmico e capaz de competir internacionalmente. Ao longo dos últimos anos, acompanhamos empresas de polpa de fruta, goma de tapioca e cachaça conquistando novos mercados e permanecendo neles, o que demonstra a força e o potencial desse segmento”, explicou.
Participaram também da mesa Sérgio Ferreira (ApexBrasil), Waneska Aguiar (Sequilhos Paulista) e Roberto Castelo Branco (Itaueira).
	
Programação do segundo dia
A programação segue até esta quinta-feira (30) com debates voltados à inovação, ao comportamento do consumidor e ao papel da pesquisa na indústria de alimentos. O painel intitulado “Do Produtor ao Prato: Conectando a Indústria com a Nova Geração de Consumidores” contará com Priscilla Veras (Muda Meu Mundo), Pedro Lima (Nossa Fruta), Nathan Sanchez (Sucré) e Argemiro Neto (Mercadinho São Luiz), sob mediação de Davi Montefusco (Montefusco Consultoria).
Em seguida, o painel “Pesquisa que Alimenta: A Universidade como Aliada da Inovação na Indústria de Alimentos” reunirá José de Paula Barros Neto, Maria da Conceição Ferreira de Oliveira e Rafael Audino Zambelli, todos da UFC, para discutir o papel da academia na geração de conhecimento aplicado ao setor. Já o painel “Inovar é Preciso: Casos Reais de Transformação na Indústria de Alimentos” encerrará a programação com Carlos Simões (M. Dias Branco), Manoel Pontes (Frosty) e Carlos Júnior (Engenharia de Soluções 4.0), sob mediação de Camila Forte (SENAI IST), apresentando exemplos práticos de inovação e modernização industrial.
Presenças e conexões que fortalecem o setor
A solenidade de abertura reuniu diversas autoridades e lideranças industriais. Entre os presentes estiveram o diretor administrativo da FIEC, Chico Esteves, a gerente de Inovação e Pesquisa do IEL Ceará, Margaret Lins, o presidente do Conselho Temático de Economia, Finanças e Tributação (COFIN), Dr. Emílio Morais, o presidente do Sindquímica, Beto Chaves, o presidente do Sindlacticínios e diretor da FIEC, José Antunes Mota, a presidente do Sindicafé, Milene Pereira, o presidente do Sindsorvetes, Edgard Segantini Júnior, a vice-presidente do Sindsorvetes, Socorro Castro, e o deputado estadual Salmito Filho, além de empresários e representantes de instituições parceiras.
	









 
                 
                 (85) 4009.6300
(85) 4009.6300
                 
            