SENAI Ceará promove V Simpósio da Indústria do Trigo e forma 42ª turma do curso de Moleiro
	
O SENAI Ceará realizou, nesta quarta-feira (24/09), o V Simpósio da Indústria do Trigo, com o tema “Panorama Nacional e Internacional da Indústria Moageira”. O encontro, realizado no SENAI Centro, marcou também a conclusão da 42ª turma do curso de Moleiro, iniciado pela instituição na década de 1980. A formação tem 500 horas/aula, combinando atividades presenciais e a distância, e já formou dezenas de profissionais que atuam em moinhos de todo o País.
Na abertura, a gerente do SENAI Centro, Alcilane Mota, destacou que o simpósio representa o fechamento de um ciclo. “O SENAI tem uma tradição nacional em formar moleiros para o setor da moagem. A indústria necessita de profissionais com experiência prática e domínio técnico do trigo e do grão. O curso possibilita vivências em manipulação, processos laboratoriais e industriais de toda a cadeia”.
O especialista técnico em alimentos e bebidas do SENAI Centro, Willame Alberto, explicou que a formação surgiu para atender à demanda dos moinhos. “O curso de moleiro foi um dos primeiros da América Latina e tem como público profissionais que já atuam em moinhos e buscam se especializar. Ao longo das 500 horas/aula, eles têm contato com conteúdos teóricos, atividades práticas em laboratório e processos industriais, o que garante uma formação completa e aplicada ao dia a dia do setor”.
Entre os dez concluintes deste ano está a engenheira de alimentos Kássia Dourado, que atua como gerente de qualidade do Moinho Anaconda, em Curitiba (PR). “Estou há mais de 10 anos na área, sempre em contato com os moleiros. Busquei o curso para ter bagagem técnica e poder atuar em outras frentes dentro do moinho”, revelou.
Tendências, tecnologia e panorama internacional
	
Na programação do V Simpósio da Indústria do Trigo, Joseane Oliveira, coordenadora técnica da Globalfood, falou sobre o avanço das enzimas. “Considero essencial a formação técnica, pois ela garante que o profissional compreenda não só o funcionamento das enzimas, mas também a aplicação correta nos processos de moagem. Hoje, apresentei as enzimas que mais evoluíram e como elas impactam diretamente a performance e a qualidade da farinha”, explicou Joseane, que desde 1999 participa do curso de Moleiro e já foi professora do módulo de química do trigo.
João Ricardo Dias, gerente técnico de vendas da IFF para a América Latina, ressaltou o papel estratégico do trigo e da tecnologia. “Em minha palestra, destaquei a importância de integrar tecnologia e boas práticas de fabricação. Combinando inovação, controle de processos e análise de qualidade, é possível otimizar a moagem, aumentar a extração e melhorar o rendimento. O Trigo não é apenas uma questão técnica; é estratégico, envolve geopolítica e influencia o mercado global”, afirmou.
O panorama internacional foi apresentado por Andres Saturno, gerente da U.S. Wheat Associates, que falou sobre como a indústria de moagem na América do Sul tem evoluído e a necessidade de treinamento estruturado para os profissionais. "A moagem envolve ciência, tecnologia e precisão - não é apenas bater o trigo e produzir farinha. Conhecer profundamente a qualidade da matéria-prima e o comportamento da farinha é fundamental para garantir produtos consistentes e atender às exigências do mercado”, disse.
	


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