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Políticas e estratégias para a mineração regional norteiam debates no 2º dia do Encontro Estadual de Mineração

12/09/2025 - 14h09

Ações para impulsionar a mineração cearense foram o centro dos debates do segundo dia de programação do 5º Encontro Estadual de Mineração e 1º Seminário de Minerais Estratégicos do Ceará, realizado nesta sexta-feira (11/09), na Casa da Indústria. Iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e da Universidade Federal do Ceará (UFC), com apoio de sindicatos ligados à entidade — Simagran, Sindiminerais, Sindbrita, Sindcerâmica, Sindbebidas, Sindsal e Sindiverde — o evento reuniu representantes da indústria, poder público e academia para discutir demandas e estratégias de fortalecimento do setor adotadas em diferentes regiões do país.

Com a participação da Secretária Executiva da Indústria da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE), Brígida Miola; a Gerente de Projetos Estratégicos do Governo de Goiás, Livia Marques, o Diretor de Recursos Minerais e Hidrogeologia da Paraíba, Marcelo Falcão; a Pesquisadora Luciana Harue Yamane, do Projeto RECUPER3; a Professora Irani Clezar Mattos, e o Deputado federal Danilo Forte, o painel “Políticas Estaduais de Mineração, Planejamento e Estratégias Para a Mineração Regional” abordou experiências bem-sucedidas de fomento à atividade mineradora no Ceará e nos estados de Goiás e Paraíba.

Para o Presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), Carlos Rubens Alencar, o encontro evidenciou a necessidade de ampliar o aproveitamento do potencial mineral cearense. Hoje, o setor emprega cerca de 20 mil pessoas no Estado e projeta exportações de US$ 150 milhões em 2025, o equivalente a cerca de R$ 1 bilhão.

“O potencial da mineração do Estado é muito grande. Há setores que estão se desenvolvendo em uma velocidade exponencial, mas ainda há pouco conhecimento sobre a geologia do Ceará. A lacuna que existe hoje no setor está se refletindo nos seus resultados. Se hoje, estamos gerando algo como R$ 2 bilhões em receita anualmente, isso poderia ser 10, 20, 30 bilhões. Se estamos exportando US$ 150 milhões, poderia ser muito mais. Mas estamos sentindo necessidade de ter fomento para o nosso desenvolvimento”, afirma Alencar, ressaltando a importância dos debates durante o evento.

No Ceará, Brigida Miola afirma que o Governo do Estado tem executado ações no âmbito do desenvolvimento das indústrias de rochas ornamentais, cerâmica, cimenteira, entre outras, além da implantação de infraestrutura logística para o transporte desses materiais e de oportunidades de fomento de projetos junto à Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) .

“O Estado tem buscado atrair empresas e construir infraestrutura para fazer com que todos os projetos de minerais estratégicos estejam voltados para o Ceará. Sabemos que o setor é muito forte e tem um potencial gigantesco, porém ainda é tímido. Mas, apesar dessa timidez, somos o terceiro maior exportador de rochas ornamentais do Brasil e também temos avançado com a entrada de processos minerários junto à ANM (Agência Nacional de Mineração)”, pontuou a secretária, ressaltando a importância dos debates realizados ao longo do seminário para a elaboração de políticas públicas que atendam às demandas do setor. “Estamos aqui para ouvir, porque só conseguimos fazer políticas quando escutamos a sociedade, a universidade e a indústria”, completou.

Livia Marques de Almeida Parreira, Gerente de Projetos Estratégicos do Governo de Goiás, falou sobre a vocação goiana para a mineração e apresentou a jornada para a elaboração de um Plano Estadual de Recursos Minerais, que inclui ações de fortalecimento institucional do setor, suporte ao desenvolvimento de cadeias produtivas, coordenação intersetorial para integração de políticas e atuação com foco na competitividade e sustentabilidade.

“O plano foi a nossa ferramenta diante de um cenário de cadeias fragmentadas, em que temos potencial de agregar valor. Mas não podemos nos conformar só com potencial, precisamos de concretizações. São muitas complexidades, porque são muitas instâncias e atores diferentes para integrar, mas temos uma excelente oportunidade com a demanda global na questão da transição energética. A geopolítica está a nosso favor. Quem é da mineração sabia da importância de todos esses minérios há muitos anos, mas a geopolítica vai forçando a sociedade e os gestores a entenderem a relevância do setor e verem que precisamos de estratégia para que não percamos o bonde da história”, afirma.

Já na Paraíba, região que também se destaca pela atividade mineradora, o Governo tem atuado por meio da Diretoria de Recursos Minerais e Hidrogeologia (DRMH) para intensificar a caracterização de rochas portadoras de lítio, o mapeamento de minerais críticos, a estruturação de laboratórios de pesquisa e a formação de recursos humanos.

“Nós levamos a mineração muito a sério e queremos aproveitar essa oportunidade que o mundo está vivendo na nova geopolítica, em que todos estão olhando para quem verdadeiramente tem potencial. E quem realmente tem potencial é quem mapeia, estabelece e traz resultados”, diz Marcelo Falcão, Diretor da DRMH.

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