FIEC promove 5º Encontro Estadual de Mineração e 1º Seminário de Minerais Estratégicos para debater inovação, sustentabilidade e futuro do setor no Ceará

Nos dias 11 e 12 de setembro, a Casa da Indústria sediará o 5º Encontro Estadual de Mineração e o 1º Seminário de Minerais Estratégicos do Ceará. Promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), o evento reunirá especialistas, empresários, gestores públicos e pesquisadores para discutir inovação, sustentabilidade e o papel da mineração no desenvolvimento regional.

A iniciativa conta com o apoio de sindicatos vinculados à FIEC — Simagran, Sindiminerais, Sindibrita, Sindcerâmica, Sindibebidas, Sindisal e Sindiverde — e busca consolidar uma visão integrada para o futuro do setor.

A abertura será conduzida pelo presidente da FIEC e do Sindiminerais, Ricardo Cavalcante, que destacará a relevância da mineração para a economia cearense. Em seguida, representantes da Agência Nacional de Mineração, do Instituto Brasileiro de Mineração e das Indústrias Nucleares do Brasil participarão de um painel sobre o setor como estratégia de desenvolvimento sustentável. A presença do governador Elmano de Freitas reforça o peso institucional da agenda.

Programação diversificada

Nos dois dias, a programação reúne palestras e mesas-redondas que abordam desde o papel da mineração na economia regional até os desafios e potencialidades dos minerais estratégicos no Ceará. Entre os temas estão rotas de processamento de minerais portadores de nióbio, avanços tecnológicos aplicados ao planejamento de minas, depósitos de terras raras, aproveitamento de águas subterrâneas e políticas públicas voltadas ao setor.

O encontro será também uma vitrine do desempenho da mineração no Estado. Em 2025, as exportações do setor devem ultrapassar US$ 100 milhões, gerando milhares de empregos, sobretudo em áreas rurais. As rochas ornamentais, especialmente os quartzitos Taj Mahal, Perla Venata, Perla Santana, Matira, Nayca e Avohai, estão entre os mais valorizados no mercado internacional.

O Estado também se destaca pela produção e exportação de magnesita, manganês, feldspato, mica e gipsita, além de apresentar potencial relevante em minerais estratégicos como lítio, grafita, cobalto, platina e ouro. Outros segmentos igualmente importantes incluem a produção de Calcário, que são a base das industrias de cimento, de corretivos de solo e das tintas, o setor cerâmico, presente em mais de cem municípios; a produção de água mineral, com quase uma centena de produtores; e a exploração de brita e agregados utilizados na construção civil.

Potencial e capilaridade

Para o presidente do Simagran, Carlos Rubens Alencar, a realização conjunta do encontro e do seminário representa um marco para o setor: “O grande objetivo é conferir visibilidade a uma atividade que poderá movimentar, em 2025, entre US$ 110 e US$ 120 milhões em exportações, e que gera  cerca de 20 mil empregos na zona rural e estar presente em praticamente todos os municípios cearenses. É um setor que tem grande capilaridade e importância social”.

Ele acrescenta que a agenda dos minerais estratégicos reforça a conexão entre a geologia do Estado e as novas demandas globais. “O Ceará tem ocorrências de lítio, grafita, cobalto e outros minerais que são fundamentais para a transição energética e digital. O contexto do seminário é justamente mostrar a relevância dessas potencialidades ”, afirma.

Ainda de acordo com Alencar, mais do que um fórum de debates, o encontro busca alinhar estratégias que unam inovação tecnológica, responsabilidade ambiental e geração de oportunidades, ampliando a contribuição do setor mineral para o desenvolvimento sustentável do Ceará. “Sem mineração não há civilização. Sem mineração não há vida”, conclui o presidente do Simagran.

O formulário de inscrição e a programação completa do evento podem ser consultados neste link.