No CIN, professor chileno Enrique Sánchez apresenta pesquisa internacional que será realizada no Distrito Industrial de Maracanaú
O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) recebeu, nesta quarta-feira (30/07), o professor chileno Enrique Sánchez, diretor do Centro de Inovação da Universidade Autônoma do Chile, para a apresentação de um projeto de pesquisa internacional que será realizado no Distrito Industrial de Maracanaú. O estudo, que também envolve parques localizados no Chile, em Portugal e na Espanha, pretende analisar o processo de simbiose industrial em cada distrito.
Além do acadêmico, participaram do encontro a Gerente do CIN, Karina Frota, assim como representantes da Universidade de Fortaleza e da Secretaria de Relações Internacionais do Governo do Estado.
Como explica Sánchez, a simbiose industrial é uma estratégia que busca promover a colaboração entre empresas com o objetivo de otimizar o uso de recursos e reduzir os resíduos gerados, trazendo benefícios sociais, ambientais e econômicos.
O Brasil, com o Distrito Industrial de Maracanaú, é o primeiro país a receber a pesquisa fora do Chile, onde o projeto teve início no fim do ano passado.
Coleta de dados
De acordo com um estudo publicado pelo Observatório da Indústria Ceará em 2021, o Distrito Industrial de Maracanaú é formado por empresas de, pelo menos, 16 setores industriais. Na área, segundo Sánchez, serão coletados dados territoriais, institucionais e de governança, para verificar se acontece ou não a simbiose industrial.
“Essa é uma temática muito nova. Como o projeto deu certo deu certo no Chile, decidimos que gostaríamos de ter experiências internacionais para que os resultados sejam mais ricos e para aprender porque em alguns territórios acontece a simbiose industrial e em outros não. Como a Federação das Indústrias agrupa muitas das empresas que estão no distrito industrial de Maracanaú, existe uma articulação para difundir o projeto”, pontuou Sánchez.
Karina Frota destacou o apoio do CIN à iniciativa, ressaltando a importância do trabalho conjunto entre indústria e academia. “Eu considero a academia, as universidades, como parte transversal nesse processo de evolução do próprio setor industrial. Através da pesquisa, da inovação, da tecnologia, nós temos como impulsionar o crescimento competitivo das indústrias do Ceará, do Brasil e de todo o mundo”, destaca. “A FIEC, nesse sentido, atua como um facilitador. Como o projeto apresentado é diretamente ligado aos parques industriais e tecnológicos, foi ativada a área internacional da FIEC com o objetivo de conhecer as instituições que participam desse projeto”, acrescenta.