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Encontro Intersetorial de RH/DP | Especialistas destacam importância da ação preventiva de empresas após mudanças na política de saúde mental no trabalho

13/03/2025 - 13h03

A nova versão da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que define as diretrizes de segurança e saúde no trabalho, atualizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foi tema da palestra promovida pelo primeiro Encontro Intersetorial de RH/DP de 2025, realizado nesta quarta-feira, 12, na cobertura da FIEC, em Fortaleza.

A importante discussão abordou as principais mudanças promovidas na regulamentação que, a partir de maio, torna obrigatório que as empresas avaliem os riscos psicossociais em seus processos de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). A mudança ocorre face ao aumento dos fatores psicossociais nos trabalhadores, como estresse, ansiedade e Burnout, que têm gerado uma alta nos afastamentos de profissionais por doenças mentais, como depressão e ansiedade.

O problema impacta, diretamente, a produtividade dos empreendimentos, sobretudo porque, em muitos casos, os afastamentos tornam-se crônicos, o que prejudica tanto o trabalhador quanto a empresa.

“Os riscos psicossociais são um problema muito concreto na vidas das pessoas e essa preocupação agora passa a funcionar em um ambiente jurídico normativo muito específico, chegando como obrigação para as empresas e dando um novo impulso na área de segurança e saúde do trabalho, em todo o País”, aponta Alexandre Santos, médico do trabalho do SESI e preletor na palestra.

O especialista apontou ainda que os afastamentos por saúde mental bateram recorde e cresceram mais de 400% desde a pandemia. Ele abordou possíveis fatores causadores do adoecimento, as escalas de avaliação, os custos dos afastamentos, a gestão dos riscos e a compliance em segurança do trabalho.
 
“Essa discussão é muito rica e contribuirá para que as empresas possam se adaptar e se preparar para lidar com essas questões, consideradas subjetivas, que são os riscos psicossociais, pois não há como a gente saber, nesse início de aplicação das mudanças, qual vai ser a repercussão objetiva da medida. Precisamos agir de forma preventiva e correta”, afirmou o assessor institucional dos sindicatos da FIEC apoiadores do Encontro e mediador do debate, o advogado Neto Medeiros.

A advogada trabalhista Emanuelly Vieira, convidada para o debate, ressaltou como a pandemia influenciou as relações de trabalho, bem como as conexões interpessoais da sociedade como um todo, de maneira repentina. Ela pontuou, no entanto, que a crise humanitária apenas agravou e acelerou um cenário de adoecimento para o qual já havia sinais e alertas.

“Na medida em que saímos do contexto pandêmico e retornamos a uma normalidade de trabalho, que seria diferente da anterior à pandemia, tivemos esse boom, essa visualização de um problema de saúde pública, um problema psicossocial”, detalhou.

Ao ressaltar a importância do assunto, a advogada enfatizou que agir de forma preventiva é primordial, principalmente agora. “Depois da pandemia, muitas empresas passaram a entender a importância do preventivo. Hoje, o maior passivo de qualquer negócio é voltado aos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. E temos que ter em mente que a saúde mental é um tema que não vai sair do foco, ele vai permanecer”, completou.

Realizado pela empresa Neto Medeiros - Gestão e Direito Sindical, o evento conta com o apoio da Federação, por meio do Sindquímica, Sindienergia, Simec, Sindroupas, Sindialimentos, Aceav e SESI. A discussão foi transmitida pelo YouTube e está disponível no canal @encontrorh-dp.

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