Sindlacticínios realiza primeira reunião extraordinária de 2025 com debates e planejamento estratégico para o setor
O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Ceará (Sindlacticínios) realizou, nesta terça-feira (14/01), na Casa da Indústria, a primeira reunião extraordinária de 2025 com associados e representantes da diretoria. Na pauta, estiveram decisões coletivas para as indústrias do setor neste ano, abordando assuntos financeiros, planejamentos estratégicos e repercussões sobre temas atuais da área econômica brasileira.
Para o presidente do Sindlacticínios, José Antunes Mota, o pontapé inicial para 2025 foi marcado por muitos assuntos que exigem trabalho e preparação por parte de todos os associados. No entanto, ele destaca que o cenário para as indústrias de laticínios é otimista, com expectativas de uma temporada produtiva e repleta de conquistas.
"A gente sempre tem esperança de que as coisas no nosso Brasil podem melhorar. Tratamos aqui de muitos assuntos, desde uma feira do setor até os desafios diante da realidade econômica do país. Todos os pontos debatidos nos trazem ansiedade e preocupações, mas acreditamos plenamente que será um ano bom para o setor. O leite está razoavelmente estável, tanto em quantidade quanto em preço, e os insumos não estão subindo. Temos tudo para nos manter bem, com crescimento e ações importantes para as indústrias", afirmou.
O primeiro tema debatido na reunião foi a análise da proposta laboral para a Convenção Coletiva de 2025, abordando o melhor cenário para que os empreendimentos mantenham seu crescimento e garantam o reajuste para seus colaboradores.
Em seguida, o presidente do Conselho Técnico de Finanças e Tributação da FIEC (COFIN), Emílio Moraes, esclareceu dúvidas sobre o Decreto nº 36.406, de 31/12/2024, do Governo do Estado do Ceará, que trata da prorrogação da concessão de crédito presumido a estabelecimentos industriais em operações com leite e produtos derivados. Moraes também apresentou as novas regras da Instrução Normativa RFB nº 2.219/24, segundo as quais instituições financeiras, bancos digitais e aplicativos de pagamento devem informar à Receita Federal dados sobre movimentações por PIX acima de R$ 5 mil por mês, para fins de monitoramento. Outro ponto debatido foi o projeto da moeda digital a ser operada pelo Banco Central, o Drex.
Antunes destacou a importância de abordar mudanças relevantes na legislação brasileira para que o Sindicato atue levando informações corretas e auxiliando toda a sua cadeia de parceiros, clientes e colaboradores. "Temos produtores que recebem por PIX, mas não emitem nota fiscal. Essas pessoas ainda estão tentando entender como lidar com a venda de seus produtos. O assunto gera instabilidade no campo, especialmente entre aqueles que não tiveram tanto acesso à educação formal. Por isso, começamos a discutir como agir para mobilizar instituições como FIEC, FAEC, SENAR e outras, oferecendo informação e suporte aos fornecedores, por meio de extensão rural", exemplificou.
O presidente do Sindlacticínios também destacou a realização da 1ª Edição do Encontro de Laticínios em Fortaleza, que acontecerá nos dias 20 e 21 de março, no Centro de Eventos do Ceará. "Essa feira será o primeiro grande evento do setor de laticínios do Nordeste, realizado aqui no Ceará. Será um momento espetacular, com muita estrutura para reunir os produtores, fomentar negócios e fortalecer ainda mais as indústrias da nossa região. A participação de cada um dos nossos associados é muito importante", concluiu.