Observatório da Indústria da FIEC apresenta estudo sobre setor de moda no Ceará a representantes do Sindroupas e do Governo do Estado
O Observatório da Indústria da Federação das Indústria do Estado do Ceará (FIEC) apresentou, nesta quinta-feira (13/06), um estudo sobre o setor de moda cearense a representantes do Sindicato das Indústrias de Confecções e Roupas de Homem e Vestuário do Estado do Ceará (Sindroupas), da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE). Os dados formam um panorama da indústria no Estado, apontando desafios e oportunidades para o setor.
A pesquisa, realizada pelo Observatório em parceria com Sindroupas, Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas do Estado do Ceará (Sindconfecções), SENAI Ceará e Sebrae, traz, além de informações sobre as empresas e o mercado de trabalho da moda no Ceará, números como receita líquida de vendas dos segmentos e valores em exportações. Outro aspecto abordado são as tendências para o futuro da indústria.
“Esse é um case muito interessante que mostra o quanto, com informação estratégica, podemos fortalecer a integração entre sindicatos de um setor que é tão relevante socialmente e economicamente no Ceará. A partir desse trabalho, a ideia é trazer o Governo do Estado como aliado para aumentar a competitividade do setor e levar impacto positivo para economia cearense”, destaca Guilherme Muchale, Gerente do Observatório da Indústria e Economista-chefe da FIEC.
Segundo o Presidente do Sindroupas, Paulo Rabelo, os dados apresentados fornecem uma dimensão da relevância dos setores de moda para a indústria no Estado, possibilitando o desenvolvimento de ações de incentivo junto ao poder público.
“Sempre tivemos uma pergunta que era: ‘Quem somos nós na economia?’. Hoje, com essas informações, podemos dizer qual é a nossa importância. Agora, vamos usar esse estudo como nosso guia, para melhorar o que precisa ser melhorado, criando projetos em cima disso. O principal é transferir os dados coletados via parceria com o Observatório da Indústria e o Sebrae para o Governo do Estado com o objetivo de garimpar mais recursos e fazer cobranças e taxações mais assertivas para fortalecer as empresas”, afirma Rabelo.
Para o Diretor de Fomento da Adece, Luís Eduardo Fontenelle, e a Economista da SDE, Aline Xavier Santos, o Governo do Estado pode se beneficiar do estudo para aprimorar o trabalho de combate à informalidade no setor.
“Nossa ideia é juntar dados que possam mostrar que é possível criar tributações especiais para arrecadar mais, senão as pessoas vão continuar na informalidade”, ressalta Luís Eduardo Fontenele. “Queremos exatamente nos aproximar da FIEC para ser a caixa de ressonância dessas informações”, acrescenta.
“Já temos um monitoramento da informalidade, mas a grande dificuldade que temos hoje é fazer uma boa análise para a formação de políticas públicas. Então, essa base de dados vai ajudar muito para que possamos montar as políticas necessárias, como subsídios, capacitação de mão de obra e distribuição das atividades no interior do Estado”, diz Aline Xavier.