FIEC, SEBRAE, Sindroupas e Sindconfecções lançam projeto para adequação de empresas do setor da moda para certificação ESG

A Casa da Indústria recebeu, na última quarta-feira (05/06), a iniciação do projeto PROCOMPI - Adequação às Empresas do Setor da Moda para Certificação ESG, uma iniciativa conjunta da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Núcleo de Convênios e Parcerias (Nucop), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), do Sindicato da Indústria de Confecção de Roupas de Homem e Vestuário (Sindroupas) e do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas do Estado do Ceará (Sindconfecções). A ação tem como objetivo de preparar as empresas de moda do Ceará para a implementação de práticas ESG, aumentando a competitividade no mercado global e contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável da Indústria.

A programação do evento incluiu uma abertura institucional com participação do Presidente do Sindroupas, Paulo Rabelo, do Analista do SEBRAE, Rogério Morais, e do Especialista em Inovação do IEL, Fábio Braga. A ocasião também contou com palestra ministrada pela Coordenadora do Núcleo ESG da FIEC, Alcilea Farias, sobre o Selo FIEC ESG, explicando os critérios e a importância da certificação. Após as apresentações, os empresários do segmento da moda tiveram a oportunidade de discutir e levantar questões sobre o projeto, demonstrando interesse na adoção de práticas sustentáveis.

Alcileia Farias, destacou a relevância do programa em clarear o quanto a pauta sustentável é importante para a competitividade dos negócios no cenário atual. "Nós vamos trazer, por meio do PROCOMPI, uma melhor percepção das práticas ambiental, social e de governança corporativa. O intuito é que o empresariado entenda melhor o ESG, sabendo os seus critérios, e como nós da FIEC podemos ajudá-los a traçar um negócio mais sustentável e alinhado com essa agenda que hoje é global", explicou a Coordenadora.

Em sua fala, Paulo Rabelo ressaltou que o mercado tem cada vez mais exigido empresas engajadas com a administração sustentável de seus recursos. Desta forma, aponta, a oportunidade aberta pelo PROCOMPI beneficia empresários com a apresentação de conhecimentos indispensáveis para obtenção do certificado de empresa ESG. "Acredito que já existem boas práticas em nosso estado, mas muita gente ainda não se aprofundou no tema. Muitos não sabem o que significa ESG e como agregar isso ao seu negócio. Quando começamos a debater mais e trazer informação sobre o assunto, aumentamos a repercussão dessas ações dentro das empresas, que estão atualizando as suas marcas mostrando que tem boas práticas de ESG e comunicando sobre a importância disso para o consumidor", disse o Presidente do Sindroupas.

Durante o encontro, a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece) foi apresentada como parceira para as empresas que se interessam em adotar medidas alinhadas com o ESG. A Coordenadora de Responsabilidade Social do órgão estadual, Samara Silveira, trouxe aos presentes informações sobre o Programa Recicla Cidades, por meio do qual as empresas do segmento podem destinar seus resíduos sólidos da cadeia de produção para grupos de artesãs que vivem em situação de vulnerabilidade no Ceará.

"É possível fazer uma moda sustentável em todos os seus processos, desde o início de sua cadeia produtiva. É preciso ter uma empresa transparente, que preze pelo trabalho digno e também tenha a preocupação com os aspectos ambientais e sociais", apontou Samara.

PROCOMPI

Nascido da parceria entre o SEBRAE e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (PROCOMPI) cumpre a missão de promover a cooperação entre os empreendedores de diversos segmentos, no intuito de superar desafios e estimular inovação, produtividade e crescimento em um contexto cada vez mais digital e sustentável.

Sobre o projeto que se iniciou nesta quarta-feira, o Analista do SEBRAE, Rogério Morais detalhou que a adequação à certificação ESG da FIEC é o caminho convergente para que os empreendimentos da moda no Ceará possam se adequar competitivamente às exigências atuais do mercado em nível internacional.

"Esses projetos têm como característica focar na necessidade e na previsão do que realmente é importante para o desenvolvimento do segmento. Sem dúvida, o ESG hoje é uma necessidade que precisa ser percebida pelo setor de moda, para que possa crescer com solidez. Esse é o objetivo da FIEC e do SEBRAE, que pequenos negócios possam se desenvolver com visão sistêmica da preservação do meio ambiente e da sustentabilidade. A adesão dessas empresas que aqui estão significará muitos resultados positivos para o setor", afirmou.