Mercado livre de energia é opção para redução de custos de energia para indústrias

O preço da energia elétrica representa expressiva participação nos custos de produção das empresas. Assim, o mercado livre de energia, em constante expansão no Brasil, tem sido uma alternativa viável para que empresas se tornem mais competitivas, reduzindo os custos de energia no orçamento. De acordo com o coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Jurandir Picanço, embora o custo da energia eólica no Brasil seja o mais barato do mundo, a tarifa de energia que o consumidor paga é a maior do mundo. Isso acontece, segundo Picanço, em decorrência de encargos, impostos e tributos que acabam onerando custo de energia no Brasil. “Então, quem opta pelo mercado livre de energia se livra de alguns desses encargos”, explica.

Justamente para orientar empresas a encontrarem alternativas para se tornarem mais competitivas, a FIEC realizou, através do seu Programa para Desenvolvimento da Indústria (PDI), nesta quinta-feira (12/11), o Fórum Redução do Custo de Energia na Indústria. O sócio-diretor da Focus Energia, Alan Zelazo, que também atuou na EDP Energia, foi um dos palestrantes. Para os empresários, Zelazo explicou por que o Brasil viveu uma explosão tarifária de energia nos últimos dois anos.

Segundo o sócio-diretor da Focus Energia, a promessa do Governo era de que a indústria teria 28% de redução no custo de energia, mas, de dezembro de 2014 a março de 2015, o consumidor residencial teve um aumento de 41% na tarifa média de energia, considerando 30 distribuidoras do Brasil; e o consumidor industrial cearense teve um aumento de 82%, na análise da evolução tarifária industrial da Coelce nos últimos dois anos.

Entre as alternativas apresentadas por Alan Zelazo para reduzir os custos estão fazer uma gestão no mercado livre de energia; comprar um desconto garantido no mercado livre; investir em autoprodução; e geração distribuída.

As vantagens do mercado livre de energia para as indústrias, conforme explicou Eduardo Cruz, também diretor da Focus Energia, são muitas. Segundo Cruz, no mercado livre existe a possibilidade do consumidor escolher o tipo de contrato que melhor atenda às suas expectativas de custo e benefício, também a possibilidade de negociar produtos de acordo com as demandas das suas empresas, além de prazos, volumes e preços da energia elétrica diretamente com o fornecer. “Mesmo optando pelo mercado livre, o consumidor continua ligado à rede da concessionária de energia”, disse.

Atualmente, o mercado livre de energia representa, segundo Eduardo Cruz, cerca de 25% de toda a demanda de energia no País.

Saiba mais:
-No mercado livre cada consumidor paga uma fatura referente ao serviço de distribuição para a distribuidora local (tarifa regulada) e uma ou mais faturas referentes à compra da energia (preço negociado de contrato);
-A entrega física continua sendo responsabilidade da distribuidora, permanecendo sua necessidade de cumprir as mesmas metas de qualidade do ambiente regulado. É uma obrigação derivada da sua concessão;
-A contratação de energia deve ser gerida pelo consumidor, ou algum representante, e seus contratos devem ser registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE);
-A principal vantagem do mercado livre é a possibilidade do consumidor escolher, entre os diversos tipos de contratos, aquele que melhor atenda às suas expectativas de custo e benefício.

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