FIEC sedia reunião para elaboração do Programa Anual do FNE de 2017

Com a participação de representantes do governo do estado e do setor produtivo, o Banco do Nordeste realizou na Casa da Indústria, na manhã desta quinta-feira (13/10), uma reunião de trabalho para discutir estratégias de aplicação dos recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) para o ano de 2017. A reunião faz parte das ações do banco para a elaboração do Programa Anual do FNE, conforme as diretrizes e orientações gerais do Ministério da Integração Nacional e do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Condel/Sudene).  

O evento foi aberto pelo coordenador do Núcleo de Economia e Estratégia da FIEC (NEE), Fernando Castelo Branco, que, em nome do presidente Beto Studart, deu as boas-vindas a todos os participantes. O coordenador afirmou que a economia hoje está dando sinais de que poderá retomar em 2017 o bom desempenho de anos anteriores e que o FNE é uma importante fonte de recursos para que o empresariado volte a investir. Segundo ele, o Ceará é um dos estados onde a indústria tem sentido mais intensamente os efeitos da crise e agora é chegada a hora de se reerguer.    

O superintendente estadual do Banco do Nordeste no Ceará, João Robério Pereira de Messias, agradeceu a parceria da FIEC e ressaltou a importância da reunião e da colaboração do governo do estado e dos empresários na discussão sobre a aplicação dos recursos do FNE, fundo que existe há 28 anos com o objetivo de apoiar as atividades produtivas na área de atuação do banco. “Este é um momento ímpar na medida em que o banco, como operador do fundo constitucional, se junta com o governo do estado e com as entidades empresariais na Casa da Indústria para discutir a melhor forma de aplicação desses recursos para o ano que vem”, declarou.

O superintendente de políticas de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Francisco José Araújo Bezerra, apresentou o desempenho do FNE ao longo dos anos desde 2005 e mostrou que nesse tempo o banco aplicou a totalidade dos recursos disponíveis, exceto nos anos de 2007, que antecedeu a crise de 2008, e 2015, em função também da situação econômica do país. Para 2016, o banco tem uma previsão de um volume total de recursos de R$ 14,1 bilhões e até 30 de setembro foram contratados apenas R$ 7,4 bilhões (53%), com uma demanda estimada total de R$ 10,2 bilhões em projetos que ainda estão em tramitação e devem ser efetivados em breve. A indústria usufruiu somente de 10% desses recursos.

“Quando a economia tem um baque qualquer, as aplicações do FNE também sofrem. Pelo desempenho até agora, teremos pela segunda vez consecutiva um ano sem conseguir aplicar a totalidade dos recursos colocados à disposição. A indústria, que em anos anteriores chegou a participar com 18%, captou só 10% do total de recursos disponibilizados neste ano”, disse.

Além dos resultados de 2016, o superintendente apresentou as diretrizes e prioridades para aplicação dos recursos em 2017. Para o ano que vem haverá um montante ainda maior de recursos. Serão R$ 22,2 bilhões, sendo R$ 7,5 bilhões reservados para projetos estruturantes, inclusive de infraestrutura. As micro e pequenas empresas poderão captar até 66% dos recursos disponíveis. As sugestões para a aplicação dessa verba coletadas durante a reunião serão levadas ao Conselho Deliberativo da Sudene para aprovação. 

A pauta da reunião na Casa da Indústria contou ainda com palestra do economista chefe do BNB, Luiz Alberto Esteves, sobre a economia brasileira e nordestina e o papel do FNE no desenvolvimento da região; uma palestra do secretário adjunto de planejamento do Ceará, Carlos Eduardo Pires Sobreira, sobre os investimentos do estado para 2017; e uma fala do coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, Joaquim Rolim, sobre as perspectivas da cadeia produtiva de energias renováveis.

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