Oportunidades de negócios entre Brasil e Canadá são apresentadas na FIEC


O Canadá é um país promissor para os produtos cearenses. Conta com uma população de 35 milhões de pessoas e um alto poder de compra. O PIB per capta é de US$ 50.231, um dos mais altos do mundo. O Canadá também figura entre os maiores importadores do planeta, ocupando a 10ª posição em valor importado. Apesar disso, de todas exportações cearenses menos de 1,5% tem o Canadá como destino.

Os dados foram apresentados pelo diretor da Câmara de Comércio Brasil Canadá, Paulo de Castro, durante a palestra Conexão Canadá – Oportunidades e Negócios entre Ceará e Canadá, que lotou o auditório Luiz Esteves Neto, na Casa da Indústria, nesta quinta-feira (11/8). Realizada pelo Centro Internacional de Negócios da FIEC, a palestra reuniu empresários, investidores e interessados no mercado canadense.

“O canadense aceita pagar mais caro por um produto que ele sente que tem valor. Isso abre um campo enorme para os exportadores brasileiros”, destacou o diretor. Segundo ele, pesquisa realizada com empresários que vendem ao mercado internacional aponta que 48% possui pouco conhecimento sobre o mercado canadense. “O maior obstáculo é o desconhecimento do potencial do mercado canadense. Mas também há outro problema. Temos um muro no caminho entre Canadá e Brasil chamado Estados Unidos, que é onde todos os exportadores querem investir. O nosso trabalho é mostrar as grandes oportunidades do Canadá”, disse.     

Além do alto poder de compra, o mercado canadense possui outras características que o tornam atrativo aos produtos brasileiros. O país possui uma política de atração de imigrantes qualificados, há uma grande preocupação com hábitos saudáveis, a multiculturalidade está presente na formação do povo canadense e os índices de educação são elevados. Tudo isso faz com que o canadense, em geral, tenha um consumo mais consciente e seja aberto a provar novos produtos e sabores tropicais e exóticos.

Entre os itens que mais interessam ao mercado do Canadá, estão alimentos (carne, bombons, mel, café, chocolate), bebidas (suco de frutas), frutas, confecção, artigos em couro, cosméticos, granito e mármore e móveis. Em contrapartida, o que o Canadá deseja vender ao Brasil são fertilizantes, papel jornal, grãos (lentilha, ervilha, alpiste, grão de bico), legumes secos, trigo, sementes, alumínio, equipamentos de tecnologia, nanotecnologia, insumos e equipamentos médicos, tecnologia e equipamentos para energias renováveis, TI e TIC, produtos e elementos químicos.

Quem deseja investir no Canadá, encontra diversas vantagens. O Canadá oferece o sistema bancário mais seguro e estável do mundo; ambiente empresarial com impostos mais competitivos entre os países do G7; custos operacionais mais baixos entre os países do G7 para empresas interessadas em P&D.    

Conexão

Além da palestra de Paulo de Castro, o evento contou com as exposições de Izabela Duarte, gerente de negócios do Consulado Geral do Canadá em Recife, e de Pablo Valença, gerente regional de vendas Norte e Nordeste da empresa Genetec, uma empresa canadense de vigilância eletrônica, com filial em São Paulo. À tarde, o momento é de networking com reuniões entre as empresas interessadas e a Câmara de Comércio Brasil – Canadá e a empresa Genetec.

(85) 3421.5916 / Av. Barão de Studart, 1980, Aldeota - Fortaleza-CE
© Todos os direitos reservados ao NUMA