Desafios para o desenvolvimento de biofármacos são discutidos na sede da FIEC

O terceiro dia de programação do Fórum de Oportunidades de Negócios, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), gira em torno das discussões sobre os desafios  para o desenvolvimento de biofármacos no Brasil. De acordo com o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, os biofármacos são o investimento mais promissor para garantir a sustentabilidade e rentabilidade da indústria farmacêutica no Brasil. “Estamos discutindo técnicas avançadas que podem ser empregadas pelas indústrias biotecnológicas brasileiras para diminuir o gap e a dependência que existe em relação aos outros países”, afirmou.

Na avaliação de Stabeli, o evento está sendo bastante relevante em função das reflexões que suscita. “Temos a participação de diversos pesquisadores brasileiros que trabalham à luz do conhecimento para o desenvolvimento tecnológico. É um evento que está fazendo com que possamos entender e processar técnicas e também fazer intercâmbio com os laboratórios mais desenvolvidos do mundo e já presentes no país. O ponto negativo é que temos poucas empresas de base tecnológica ou biotecnológica, envolvidas no processo. O desenvolvimento do país passa necessariamente pela associação criativa entre empresas e órgãos que produzem conheimento. O país precisa adquirir essa cultura para crescer”, opinou.

O vice-presidente da Fiocruz destacou ainda o papel de liderança do Ceará no Nordeste com a criação de um polo especializado no desenvolvimento tecnológico para a saúde. “A Fiocruz é âncora desse polo porque entende que através dessa iniciativa será possível congregar a academia, as instituições científicas, técnicas e a indústria para, unidos, vencerem os desafios. O Ceará, que já é líder do ponto de vista de formação de recursos humanos, começa bem o processo de desenvolvimento da biotecnologia no Estado”, 

Programação

Durante a manhã desta quarta-feira (11/5) o II Workshop de Biotecnologia em Produtos Farmacêuticos: Desenvolvimento, Produção e Regulamentação contou com as palestras dos doutores Aline de Almeida Oliveira, sobre “Os desafios do desenvolvimento dos biofármacos no Brasil”, Luiz Ricardo Goulart Filho, sobre as “Aplicações teranósticas de tecnologias combinatórias”, Richard John Ward, sobre as “Aplicações de técnicas de engenharia de proteínas para construção de enzimas”, de Adriano Defini Andricopulo, sobre “Bases de dados, triagem virtual e os desafios no planejamento de fármacos”, de Rafaela Salgado Ferreira, sobre “Virtual Screening no planejamento e desenvolvimento de fármacos, e Roberto Lins Neto, sobre “O uso de simulação computacional para a caracterização, identificação e design de compostos bioativos”. Também prosseguiu, paralelamente, o Workshop de Exposição de Tecnologia do programa de pós-graduação da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), com a apresentação de diversas pesquisas e suas aplicações.

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