SESI apresenta aos sindicatos Programa Sistema FIEC de Prevenção ao Uso de Álcool e Drogas

O SESI apresentou hoje (15) pela manhã aos sindicatos filiados à FIEC o Programa Sistema FIEC de Prevenção ao Uso de Álcool e Drogas, que visa desenvolver ações integradas de promoção da qualidade de vida no trabalho e na comunidade, com foco no eixo da prevenção ao uso de álcool e outras drogas. A intenção com o programa é contribuir para minimizar os danos sociais e da saúde entre trabalhadores da indústria e suas famílias envolvidos com esse tipo de problema.

Ao abrir o encontro o presidente da FIEC, Beto Studart, destacou a importância do trabalho a ser desenvolvido, no sentido de ver a questão para além do aspecto da piedade. "Precisamos dar para estas pessoas a atenção que elas merecem, e não, ficarmos apenas piedosos". Beto Studart afirmou ainda que o efeito desse problema para a indústria tem reflexos enormes na produção, usando como exemplo o fato de que além do ambiente interno, é impossível o pai de família conseguir trabalhar bem, sabendo que seu filho em casa está usando droga.

A gerente do Núcleo de Qualidade de Vida do SESI, Kassandra Moraes, ressaltou que um dos desafios do programa foi entender o problema para que não se repetissem erros de outras ações do gênero. Ela aponta que por ser uma situação complexa, o combate ao uso de drogas e álcool requer muita mais uma ação de prevenção. Kassandra destacou que a gravidade do problema pode ser medido pelo gasto hoje no país no enfrentamento desse drama, que gira em torno de R$ 19 bilhões por ano. 

Nesse sentido, afirma, o SESI está atuando em três eixos: por meio de ações educativas nas empresas, via Programa de Educação do Trabalhador; através de consultoria empresarial (em fase de implantação), e na orientação para implantação, por parte das empresas, de comunidades terapêuticas. Neste caso, o SESI cede seu banco de dados com informações sobre o problema para as empresas que desejam implantar (ou sustentar) entidades de prevenção ao uso de álcool e drogas nas comunidades.

Segundo o estudo “Transtornos Psicossociais no Trabalho: A Situação das Indústrias Brasileiras”, 23% dos transtornos mentais que mais afastaram na indústria brasileira no período de 2009 a 2013 estavam diretamente relacionados ao uso de drogas. Ainda segundo o levantamento, feito pela Universidade de Brasília a pedido do SESI Nacional, foram 28.693 afastamentos por mais de 15 dias em 5 anos. Destes, 32% foram devidos ao uso de álcool e 68% devidos ao uso de cocaína e outras substâncias psicoativas.

Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) indicam que 20% a 25% dos acidentes de trabalho no mundo envolvem pessoas intoxicadas que se machucam a si mesmas e a outros. A entidade aponta o uso de álcool e outras drogas no local de trabalho como um problema de saúde pública que deve ser abordado sem discriminação. Cálculos do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) mostram que o Brasil perde por ano US$ 19 bilhões em razão do absenteísmo, acidentes e enfermidades causadas pelo uso do álcool e outras drogas.

Mais informações pelos telefones 3421.5853/5845

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