Tasso diz que Brasil vive crise política, econômica e social gravíssima

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi o palestrante da noite de comemoração dos 95 anos do Centro Industrial do Ceará (CIC), em solenidade comemorativa, nesta quinta-feira (11/6), na Casa da Indústria. Como ex-presidente do CIC, instituição que o lançou ao mundo político, Tasso disse que todos os números do Brasil hoje são ruins. "Sem querer repetir o que o ex-presidente Lula disse: nunca, na história desse país, se fez tantos  erros ao mesmo tempo na política econômica. Estamos numa fase de retrocessos com risco cada vez mais sério de voltarmos a ser uma economia de terceiro mundo", disse.

O senador resgatou a época em que o CIC passou a ocupar um espaço muito importante no campo político e econômico do Ceará e disse que, daquela época para cá, nunca esperou viver um momento tão difícil como este pelo qual passa o país. "É a primeira vez que eu olho para frente e só vejo confusão. Não que não tenhamos potencial para passar por isso e superarmos, mas temos algo que é um governo extremamente desgastado, sem credibilidade e que perdeu completamente o comando do país. Não existe governo no Congresso. Hoje o Congresso tem uma pauta própria, basicamente orientada pelo governo das duas casas- Senado e Congresso Federal – dentro de um quadro de crise política, econômica e social gravíssimo", disse.

Histórico de mudanças

Tasso Jereissati foi presidente do CIC  de 1981 a 1983, época da redemocratização do Brasil. Segundo  ele, não havia projeto político dentro do CIC. "Ao contrário, havia um sentimento de que não era nosso papel fazer política. E foram circunstâncias daquele momento histórico que nos levaram à política, entre eles, a transição do período autoritário para as primeiras eleições livres, com uma participação popular mais ampla", relembra.

Segundo ele, o grupo, a maioria jovens  empresários recém-saídos da universidade, foram descobrindo e aprendendo que é impossível fazer mudanças sem desagradar.  "É absolutamente necessário que em um processo de mudança haja incomodados. Nós fizemos e entramos nesse processo com muita coragem e, sem querer ferir ninguém, mas muito dispostos a desagradar aqueles que fossem necessários para a construção de um futuro mais próspero e mais longínquo. Nós conseguimos construir uma perspectiva nova não só para o Ceará mas para nós mesmos, para incutirmos uma esperança para o Ceará e para o país".

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