Ricardo Cavalcante participa de seminário sobre Hidrogênio Verde na Assembleia Legislativa

O Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, participou, hoje (26/05), de uma audiência pública, na Assembleia Legislativa, sobre a produção de Hidrogênio Verde (H2V) no Ceará.

Ao discursar no plenário, Ricardo Cavalcante cumprimentou as várias autoridades e reforçou o entusiasmo sobre o tema. “O nosso Estado é o melhor lugar do planeta para a produção de Hidrogênio Verde”, disse. Em pouco mais de quarenta minutos, ele citou números que justificam a aposta no novo tipo de combustível. “Em 1850, o mundo emitia 197 milhões de toneladas de Dióxido de Carbono (CO2). Em 2020, essa quantidade superou 34 bilhões de toneladas”, comparou.

Ricardo Cavalcante citou ainda a articulação feita pela FIEC junto ao Governo do Estado do Ceará, Universidade Federal do Ceará e Complexo do Pecém para a instalação do HUB de Hidrogênio Verde no Estado. “O Ceará tem hoje 30 memorandos de Hidrogênio Verde, dos quais, seis foram assinados já no governo Elmano de Freitas. Com isso, acredito que o Ceará e o Nordeste podem ser os grandes fomentadores de descarbonização do planeta”, finalizou.

O Superintendente do SESI Ceará e Diretor Regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda, reforçou a frente de serviços da FIEC. “Nós vamos inaugurar o Centro de Excelência de Transição Energética com esses grandes players mundiais que vão precisar de mão de obra qualificada, e nós estamos oferecendo essa importante capacitação profissional”, concluiu.

A audiência liderada pelo Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Estadual Evandro Leitão, contou com várias autoridades. Além dele e do Presidente da FIEC, integraram a Mesa Diretora: o Presidente da Comissão de Hidrogênio Verde no Senado Federal, Senador Cid Gomes; a Senadora Augusta Brito; o Secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Governo do Estado do Ceará, Salmito Filho; o Diretor-Presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueiredo; o Vice-Presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina para a iniciativa privada, Jorge Arbache; o Ex-Deputado Estadual e Chefe da Coordenadoria Especial de Programas Integrados da Prefeitura de Fortaleza, Eudoro Santana e o Presidente da Comissão de Hidrogênio Verde da OAB/CE, José Amaury Gomes.

Também participaram da cerimônia, o Secretário Executivo do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Governo do Estado do Ceará, Joaquim Rolim; a Secretária de Relações Internacionais do Governo do Estado do Ceará, Roseane Medeiros; o Presidente da Câmara de Vereadores de Fortaleza, Gardel Rolim, o Superintendente do SESI Ceará e Diretor Regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda; o Diretor de Inovação e Tecnologia da FIEC, Líder do Observatório da Indústria e Presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará (SIMEC), Sampaio Filho; o Superintendente de Relações Institucionais da FIEC, Sérgio Lopes, o Consultor de Energia da FIEC, Jurandir Picanço; o Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, Constantino Frate e a Assessora para Transição Energética no SESI/SENAI Ceará, Isabela Maciel.

Em sua fala, o Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará ressaltou a importância da existência de matrizes energéticas limpas no Ceará. “Nosso Estado caminha para ser um dos grandes produtores desse tipo de combustível no mundo, contribuindo para a transição energética, com a produção de um combustível a partir de fontes limpas e renováveis, assim como também gerando emprego e renda”, disse.

O Senador Cid Gomes apresentou números para explicar os motivos dos investimentos em Hidrogênio Verde. “A população cearense representa 4,4% da população brasileira, mas o Produto Interno Bruno (PIB) do Estado responde por apenas 2,1% do PIB nacional. Ou seja, o cearense médio vive, em média, com metade da renda de um brasileiro. Dessa forma, é o nosso dever encontrar alternativas para buscar um equilíbrio e tornar o Ceará um Estado mais justo, e a iniciativa da Assembleia Legislativa de promover esse debate contribui para essa busca”, pontuou.

A Senadora Augusta Brito disse que apresentou projeto de lei no Senado voltado para melhores condições para que pequenas propriedades no Ceará possam produzir sua própria energia solar. “Nós queremos que essas pessoas lá da ponta possam adquirir financiamento para a produção energética e que elas possam vender o excedente dessa energia para o Poder Público, sem passar por licitação”, explicou.

O Secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Governo do Estado do Ceará, Salmito Filho, classificou o assunto como uma grande oportunidade para o Brasil ser protagonista no cenário econômico internacional e reforçou que o Governador do Ceará está atento às oportunidades. “A proposta do Governador Elmano de Freitas é unir forças para garantir a competitividade pelo nosso Hidrogênio Verde, uma vez que temos tudo o que é necessário para sua produção em grande escala, o que, consequentemente, resultará em mais emprego e renda para nossa população”.

O Diretor-Presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), Hugo Figueiredo, deixou claro que o equipamento está pronto para entregar os serviços necessários à produção do Hidrogênio Verde. “No Porto temos 80 mil empregos gerados, mais de 60 empresas atuando naquela região e só crescemos a cada ano. Temos muito orgulho em mostrar que nosso Estado está preparado para receber essas empresas, pois teremos mão de obra qualificada e todo um sistema público, as universidades e o setor privado formam um tripé que passa segurança para esses investidores, principalmente no caso do Hidrogênio Verde”, disse.

Já o Vice-Presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Jorge Arbache, destacou a viabilidade econômica que será propiciada pelo HUB de Hidrogênio Verde. “Temos a chance de desenvolver toda uma região por meio dessa atividade. O Nordeste tem capacidade de produzir o quilo do hidrogênio de forma barata, segura e abundante”, pontuou.

“O mundo caminha a passos largos para esse modelo de transição energética, e os estados têm feito sua parte para atender a essa demanda, pois a busca será grande. Por outro lado, não existe marco regulatório em nível nacional para essa atividade, e isso pode nos atrapalhar em investimentos futuros”, acrescentou o Presidente da Comissão Especial para Estudo sobre o Hidrogênio Verde no Estado do Ceará, da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará (OAB-CE), José Amaury Gomes.

Já o chefe da Coordenadoria Especial de Programas Integrados da Prefeitura de Fortaleza, Eudoro Santana, enfatizou que o projeto do Hidrogênio Verde é considerado de vanguarda. “Esse projeto é mais amplo, mais profundo, sob o ponto de vista de participação da sociedade. Daqui a uns anos, pode ser que esse debate sobre o Hidrogênio Verde seja só um pedaço de algo muito maior”, concluiu.

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