Ricardo Cavalcante recebe comitiva portuguesa no Observatório da Indústria e visita empresa cearense de pesca Compex

O Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e da Associação Nordeste Forte, Ricardo Cavalcante, cumpriu, nesta sexta-feira (12/08), o último dia da agenda da comitiva portuguesa em missão governamental e empresarial de economia do mar. Ele foi o anfitrião de um encontro, no Observatório da Indústria, onde estiveram presentes  o Secretário de Estado do Mar de Portugal, José Maria Costa; o Sócio-fundador da Skipper & Wool, Miguel Marques; a Secretária-adjunta da Pesca do Governo Federal do Brasil, Andea Ribas; o Representante da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Presidente da Associação da Indústria Alimentar pelo Frio (ALIF) e Presidente da Gelpeixe, Manuel Tarré; o Presidente da DocaPesca Portugal, Sérgio Faias,  a Representante e Pesquisadora da Inesc Tec, Paula Lima; e o Diretor de Inovação e Tecnologia e Líder do Observatório da Indústria, Sampaio Filho.

Ricardo Cavalcante agradeceu a vinda da comitiva e reforçou a importância da economia do mar. “Nossos amigos portugueses, que tem alto padrão de qualidade, estão vendo como trabalhamos.  Essa sinergia que a FIEC está promovendo possibilita a expansão de negócios na área, novos acordos e parcerias. Vamos agendar novos encontros entre as universidades de lá e as daqui, com o setor pesqueiro dos dois países. A gente precisa acionar, cada vez mais, esse setor, mostrar que a gente tem qualidade e que a expansão dos mercados favorece a cearenses e portugueses”, disse.

A comitiva teve acesso a informações do Porto do Pecém e da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). “O Complexo do Pecém é o reflexo da economia do Ceará. Nós temos vinte anos de operação e estamos crescendo no volume de cargas, em dígitos duplos, o que demonstra o grande potencial dele, tanto na atração de novas indústrias, quanto na movimentação de cargas”, contou a Diretora Executiva do Complexo do Pecém, Duna Uribe.
 
Já o Presidente da ZPE, Eduardo Neves, enfatizou o pioneirismo da zona de livre comércio cearense, a primeira a entrar em operação no Brasil. “Hoje, a ZPE tem três empresas instaladas no setor 1 mas, mesmo assim, já representa mais de 50% das exportações cearenses. E o setor 2 está reservado para receber as empresas de Hidrogênio Verde (H2V) e aproveitar os benefícios tributários que a ZPE tem para a instalação de negócios”, disse.

O encontro foi considerado muito produtivo, segundo o Diretor de Inovação e Tecnologia e Líder do Observatório da Indústria, Sampaio Filho. “A gente recebe com muita satisfação ao ver que os resultados estão se concretizando nesse relacionamento entre o Ceará e Portugal, através da economia do mar, que está cada vez mais fortalecida. Estamos avançando com toda essa economia azul para o desenvolvimento das nossas indústrias”, contou

Visita a Compex

Da Casa da Indústria, a comitiva visitou a Compex, empresa cearense exportadora de pescados, uma das mais modernas do país, localizada no bairro Mucuripe, em Fortaleza. A média de venda é de 400 toneladas/ano a vários países, entre eles: Estados Unidos, Canadá, Cingapura, Japão, Coreia do Sul, China e Austrália. Por determinação da União Europeia, os países do velho continente estão impedidos de importar pescados do Brasil, desde 2018. Uma das ideias do encontro foi facilitar o destravamento burocrático para que as exportações brasileiras sejam liberadas.
 
Segundo o Diretor da Compex, Paulo Gonçalves, a expectativa é que o embargo econômico termine ainda esse ano. Ainda de acordo com ele, a visita da comitiva portuguesa ainda oportunizou negócios: “É uma oportunidade única, logo agora que o mercado europeu está começando a abrir o mercado novamente para o pescado brasileiro. São novas visualizações de negócio para a gente”, disse.
 
A vinda da comitiva portuguesa ocorreu depois de uma visita a Portugal. Em junho, Ricardo Cavalcante se reuniu, em Lisboa, com o Ministro da Economia e do Mar de Portugal, Antônio Costa Silva, e com o Presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Antônio Saraiva, que reúne as Federações portuguesas da Indústria, Comércio, Serviço e Agropecuária. Eles discutiram a amplificação do comércio entre o Ceará e o país europeu. O objetivo foi aproximar e estreitar os laços entre as instituições.

Nos três dias da comitiva em Fortaleza, dois contratos relacionados à economia do mar foram assinados. Motivo de satisfação para as autoridades portuguesas. “Foi uma visita muito enriquecedora. Ficamos com profundo conhecimento e agradecemos à FIEC pela oportunidade de conhecermos o potencial do Ceará. Ficamos na possibilidade de ver a criação de uma carreira com ligação até Cabo Verde. Então, saio daqui com muito otimismo, para continuar a aprofundar essa colaboração. Vamos voltar a Portugal para dar continuidade aos nossos projetos”, contou o Secretário de Estado do Mar de Portugal, José Maria Costa.
 
Já o Sócio-fundador da Skipper & Wool, Miguel Marques foi taxativo: “Eu viajo por muitos países, e não encontro entidades que de forma tão integrada trabalhem tantas áreas ao mesmo tempo, como as que vi aqui. O que existe de novo aqui é o fomento da economia do mar. Então, o balanço de trabalharmos juntos em várias fileiras ao mesmo tempo é inovador e acho que está sendo um exemplo e vai ser seguido a nível internacional”, finalizou.

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