Centro de Inovação do SESI Ceará lança E-book sobre Saúde Suplementar

Visando o compromisso de cuidar da saúde e da qualidade de vida dos colaboradores da indústria, o SESI Ceará, por meio do Centro de Inovação, lança o Ebook “5 fatores que impactam o funcionamento do plano de saúde da sua empresa” com a intenção de mostrar aos gestores do setor o panorama geral e aspectos importantes que estão ligados ao planos de saúde na empresa, e se crie estratégias para o melhor aproveitamento desse serviço para o bem-estar e qualidade de vida dos profissionais de cada entidade.

De forma gratuita, o Ebook traz um panorama inicial da importância do tema para o setor privado. Aborda, entre os assuntos, o contexto do sistema de saúde brasileiro; a educação para o uso inteligente do plano de saúde; as condições crônicas de saúde e o seu impacto na sociedade; como promover a saúde no ambiente de trabalho; e a construção de uma cultura de saúde para o sucesso dos programas.

Ele está disponível na íntegra aqui

Solução para indústria

O material conta com informações elaboradas pelo médico, mestre profissional em Economia da Saúde (UNIFESP), doutor em Saúde Coletiva (USP), pesquisador associado do Centro de Estudos em Gestão e Administração em Saúde da Fundação Getúlio Vargas – Escola de Administração de São Paulo (FGV-EAESP), Alberto José Niituma Ogata.

Segundo o especialista, há alguns anos a saúde tem sido considerada pela população como uma questão muito importante. Isso fez com que as empresas passassem, cada vez mais, a incluir o plano de saúde no seu pacote de benefícios para os trabalhadores, tornando-o um fator relevante de atração e retenção dos profissionais. Por outro lado, os gastos crescentes com os planos de saúde têm sido desafiadores, trazendo um impacto significativo no custo da força de trabalho.

“Além disso, observamos que a nossa população está em um processo de envelhecimento associado a um aumento das doenças crônicas, cardiovasculares, pulmonares, câncer e diabetes, decorrente de vários fatores de risco como a obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada, uso abusivo do álcool”, detalha Ogata.

A pandemia da COVID-19 também reforçou a importância da saúde, não só para as pessoas individualmente, mas também para as empresas e para a sociedade.

Ogata destaca que o funcionamento do sistema de saúde brasileiro é complexo, particularmente no que se refere à saúde suplementar. “Neste contexto, é fundamental que os gestores das empresas aprofundem seus conhecimentos em relação à estrutura e à organização da saúde suplementar para a tomada de decisão, para não ficarem suscetíveis somente à orientação de terceiros”, analisa.

Atualmente o Centro de Inovação do SESI tem trabalhado em uma solução customizada para a indústria com o intuito de levar conhecimento sobre o setor, fornecer informações qualificadas a partir do contexto e dados da empresa, ampliando sua capacidade de participar ativamente de negociações e facilitar a tomada de decisões quanto ao benefício ofertado. Ferramenta que será destinada a melhoria da gestão por parte da área de recursos humanos, saúde, e administração do contratante.

Setor

De acordo com os dados apresentados em dezembro de 2021, pela Sala de Situação Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor totalizou 48.995.883 usuários em planos de assistência médica e 29.239.226 em planos exclusivamente odontológicos. No comparativo com os anos anteriores, a evolução tem sido sequencial desde julho de 2020.

No caso dos planos médico-hospitalares, em um ano houve incremento de 1.508.134 beneficiários, o equivalente 3,18% de aumento em relação a dezembro de 2020, maior número registrado desde janeiro de 2016.

Já nos planos exclusivamente odontológicos foi registrado aumento de 2.563.104 beneficiários em um ano, o que representa 9,61% de crescimento no período, e de 330.693 em um mês (comparativo com novembro).

Os estados que registraram maior crescimento de beneficiários ao longo do último ano foram São Paulo, Minas Gerais e Paraná entre as 25 unidades federativas e entre os que mais tiveram beneficiários em planos odontológicos entre 24 unidades federativas, comparados a dezembro de 2020.

Em 2021, a faixa etária de 39 a 43 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica (7,12%), seguido pela faixa etária de 44 a 48 anos (6,49%). Também essas duas faixas etárias tiveram maior crescimento nos planos odontológicos de2,76% para 39 a 43 anos; e de 12, 62% para 44 a 48 anos.

Segundo a enfermeira e pesquisadora do Centro de Inovação do SESI Ceará, Caroline Diniz, o que chama atenção, principalmente, é a cobertura de vidas representadas pelos planos de saúde coletivos (empresariais + adesão) que chega a 80% dos contratos somando mais de 39 milhões de pessoas. “Além de ser um item indispensável hoje para milhões de brasileiros, também é um benefício esperado pelo trabalhador. Dessa forma, o contratante tem um grande desafio a frente, buscar estratégias para redução de custos associadas ao plano, que tem sido um trabalho árduo e muitas vezes, ineficaz”, declara.

Gestão de custos

Uma pesquisa conduzida, em 2020, pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil) e pela Aliança para Saúde Populacional (ASAP), com 704 empresas com 6,5 milhões de pessoas em seus planos saúde, concluíram que as medidas para enfrentar a elevação de custos foram focadas em ferramentas de regulação e transferência de custos aos usuários como: coparticipação 61,9% e contribuição por parte do usuário.

Para Diniz, o ponto relevante é o discreto aumento de negociações diretas com hospitais 6,5% e o número de empresas 18,3% que mudam de operadora para reduzir custos, além disso, somente 42% adotam programas de gestão de saúde e 52% não possuem programas para gestão de risco em saúde dos seus colaboradores, 66% das empresas não possuem programas de alimentação saudável e 34% das empresas não têm programas de atividade física.

Dessa forma, o foco não deve ser somente no custo, mas na mudança de visão e estratégias dos gestores para fortalecer programas de saúde, melhorar a qualidade de vida e ter um pacote de benefícios alinhado com as expectativas dos seus trabalhadores.

 

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