1° Encontro de Transição Energética de Fortaleza acontece na FIEC

O Instituto de Planejamento de Fortaleza (IPLANFOR), em parceria com a ENEL Distribuidora e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), promove uma série de encontros temáticos para iniciar o diálogo multissetorial sobre a transição energética da cidade.

O evento tem como objetivo alcançar uma matriz energética limpa, inclusiva e sustentável e, nesta primeira reunião, abordará o tema "Mobilidade Urbana: desafios e caminhos para a descarbonização do setor de transporte". O encontro acontece amanhã, 14/12, de 8h30min às 12h, em modalidade presencial, no auditório Waldyr Diogo, na FIEC.

“O tema descarbonização do planeta tem sido cada vez mais prioritário, em prol da sustentabilidade ambiental. O setor de transporte tem um papel de grande importância nesse processo. Por isso, acreditamos que esse Encontro de Transição Energética irá contribuir para o desenvolvimento do tema no município de Fortaleza, que tem demonstrado interesse em evoluir cada vez mais em direção às energias limpas”, afirma Joaquim Rolim, Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC.

Alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, “Garantir energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos”, o evento também conta com apoio do CERF (Comitê de Energias Renováveis e Eficiência Energética de Fortaleza) e da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará.

“A iniciativa do IPLANFOR de promover, na FIEC, o I Encontro da Transição Energética de Fortaleza, ingressa nossa capital no movimento global pela descarbonização. Esse evento está em sintonia com o pioneiro plano estratégico “Fortaleza 2040”, que dedicou um capítulo às energias renováveis. Sob a liderança do Vice-prefeito Élcio Batista, serão abordados os temas prioritários para descarbonização do setor de transportes, por ser a mobilidade urbana o principal emissor de gases poluentes em grandes metrópoles, colocando Fortaleza na dianteira pela busca da sustentabilidade”, reforça Jurandir Picanço, Consultor de Energia da FIEC e Presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará.

“A transição energética não pode ficar para depois. Pelo contrário, este debate está atrasado muito em função do posicionamento de lideranças governamentais espalhadas pelo mundo, que ainda teimam em não compreender a urgência que nos impõe a questão climática. O aquecimento global, soluções para os resíduos sólidos, a própria transição energética, deixando para trás os combustíveis fósseis e adotando progressiva e crescentemente as matrizes limpas e renováveis são temas inadiáveis. A realização de um evento como o 1º Encontro de Transição Energética de Fortaleza ganha mais relevância ainda neste momento. O encontro contará com especialistas de alto nível como Bianca Macedo, do Projeto Zebra C40, Mônica Saraiva Panik, da ABH2 e mentora da SAE Brasil, Delfina Ponte, head de produtos da Enel com carreira focada em energia, ressalta Élcio Batista, Vice-prefeito e Superintendente do IPLANFOR.

“Os próximos anos serão cruciais para o mundo avançar com as metas de descarbonização e a eletrificação terá um papel muito importante nesse contexto. A Enel já vem trabalhando em alguns pontos nesse processo, principalmente junto à mobilidade elétrica, e tem a meta de se tornar neutra em carbono em dez anos. As metas de descarbonização da companhia incluem emissões diretas e indiretas de carbono. Desse modo, a empresa pretende sair de todos os negócios relacionados ao fornecimento de gás até 2040, além de abandonar a atividade de geração a carvão em 2027. Temos uma meta de zero carbono e não apenas zero carbono líquido. É um grande desafio e será uma grande oportunidade para todos”, esclarece Márcia Sandra, Presidente da Enel Distribuição Ceará.

"Vivemos, atualmente, um momento muito importante: a descarbonização do setor de energia, com avanços consideráveis a nível mundial e com o Brasil dando passos importantes rumo a esse processo, com a ascensão de energias alternativas, como eólica e solar, em detrimento de termelétricas e das hidrelétricas. Chegamos a um cenário, nacionalmente, em que ficou claro que não é mais possível depender das chuvas para gerar energia ou de uma energia cara e poluente, originária das térmicas. Por outro lado, temos sol e vento em abundância, o Hidrogênio Verde despontando como nova fonte e a lógica que devemos vivenciar é uma migração, cada vez maior, para essas alternativas", finaliza Luis Carlos Queiroz, Presidente do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico (Sindienergia-CE).
 

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