Estudo sobre Indústria 4.0 aponta que parte das empresas desconhece tecnologias existentes no mercado

A “Indústria 4.0”, também conhecida como 4ª Revolução Industrial, é um conceito que vem se fortalecendo no Brasil nos últimos anos. Tal denominação engloba um conjunto de tecnologias que caracterizam uma modernização da produção industrial por meio da combinação de novas práticas digitais, como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e Big Data.

Essas novas tecnologias digitais trazem inúmeros impactos positivos. Entre os ganhos de eficiência, podemos listar a redução de custos (com manutenção e energia, por exemplo), integração de produtos e processos e o aumento da produtividade do trabalho. No entanto, ainda existem muitos entraves para a adoção dessas novas tecnologias digitais no Brasil.

De acordo com o Portal da Indústria, os principais entraves são o alto custo para adquirir os equipamentos e a dificuldade para ajustar o processo de produção para essas novas tecnologias. Para entender qual o grau de adoção das tecnologias digitais pela indústria cearense, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), realizou uma pesquisa sobre a Indústria 4.0, para conhecer quais são os principais benefícios e obstáculos do empresariado na adoção dessas tecnologias e práticas. A coleta de dados ocorreu entre 1 e 14 de abril e contou com a participação de 81 empresas. A pesquisa mapeou as principais tecnologias utilizadas, bem como as intenções de investimento das empresas. Por fim, ela sinalizou os principais benefícios e entraves alegados pelas empresas, interna e externamente, para adoção das tecnologias da indústria 4.0.

Como principais resultados, temos: quando questionados sobre as tecnologias adotadas pelas empresas, a “automação digital com sensores para controle de processo” foi a opção mais assinalada, sendo escolhida por 52% dos participantes. Além disso, é importante destacar que a opção “Não sei” teve um alto percentual de votos, sendo assinalada por pelo menos 14% dos respondentes em todos os itens, indicando uma falta de conhecimento acerca das tecnologias utilizadas na empresa.

“Parcela relevante das empresas não possui tanto conhecimento assim das tecnologias de fronteira disponíveis no mercado, e também alegam que o mercado, incluindo os fornecedores, não está preparado para absorver essas inovações. Uma das formas de melhorar isso seria aumentar a comunicação entre as empresas, seja por meio de feiras, exposições ou eventos. Outra forma é garantir que essas tecnologias cheguem de forma mais acessível aos empresários, via crédito barato, pois se trata de investimentos de maior prazo e com algum grau de incerteza. Por fim, justamente para diminuir essa incerteza, é necessária a garantia, por parte do Governo, de uma retomada da demanda agregada, para garantir que as empresas tenham mercado para a venda de seus produtos”, ressalta David Guimarães, Pesquisador e Especialista do Observatório da Indústria da FIEC.

Ainda durante a pesquisa, os empresários, ao serem questionados sobre quais tecnologias digitais pretendem investir, 41% escolheram “sistemas integrados em engenharia”. Vale destacar que a maior parte dos respondentes que pretende investir em tecnologias é formada por empresas de grande porte. Ao apontar os principais benefícios das tecnologias adotadas, a principal foi o aumento de produtividade, escolhida por 62% dos entrevistados.

Confira o estudo completo AQUI.

(85) 3421.5916 / Av. Barão de Studart, 1980, Aldeota - Fortaleza-CE
© Todos os direitos reservados ao NUMA