Sondagem da Construção revela contração no nível de atividade do setor no Ceará

A Sondagem da Construção, realizada pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela uma retração do setor no Ceará. A indústria da construção cearense apresentou, em março, o segundo mês de contração nos níveis de atividade e emprego. Em âmbito nacional, o setor também vem perdendo força ao longo do primeiro trimestre do ano.

O nível de atividade recuou de 44,6 pontos em fevereiro para 38,4 pontos em março, uma diminuição maior que a do Brasil, cuja média, em março, foi 44,9 pontos. O emprego na construção também caiu no Estado, chegando a 46,7 pontos. Os indicadores de nível de atividade e emprego têm uma metodologia em que resultados acima de 50 pontos significam expansão e abaixo de 50 pontos significam redução em relação aos resultados do mês anterior.

Outro indicador a apresentar queda foi o de Utilização da Capacidade de Operação (UCO), que caiu 4 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2021, permanecendo, porém, acima do registrado no mesmo mês em 2020 e também superior à média nacional.
 
"A construção civil vem patinando tanto no Ceará quanto no Brasil desde o início do ano. A atividade vem caindo pouco a pouco há três meses consecutivos, contraindo também o emprego nesse processo. O setor sofreu uma retração intensa entre março e junho do ano passado, o que gerou um sentimento de incerteza profunda diante da crise da pandemia. Como nesse momento vivemos uma segunda onda da pandemia, essa incerteza retorna ao mercado imobiliário e junto com a alta dos preços dos materiais, na atual conjuntura, reforça o arrefecimento do setor", analisa a pesquisadora do Observatório da Indústria, Eduarda Mendonça. 

Todo esse cenário trouxe instabilidade em relação às expectativas dos empresários da indústria da construção cearense. De acordo com a Sondagem, a percepção para os próximos seis meses é de um fraco otimismo para a atividade e novos empreendimentos e um certo pessimismo para compra de insumos e número de empregados. Seguindo essa trajetória de declínio, a intenção de investimentos caiu 7,3 pontos em relação a fevereiro. "A recuperação das expectativas do empresariado requer uma retomada econômica que só vai ser possível de engatar no final do próximo trimestre", conclui a pesquisadora.

Confira todos os detalhes da pesquisa no site do Observatório da Indústria AQUI.

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