Setor moveleiro cearense aumenta exportações em 2020

Por conta da pandemia, o ano de 2020 tem sido desafiador para empresas de todo o mundo. No Ceará, muitos setores registram queda na produção e vendas, mas o de móveis teve um ano de sucesso na exportação. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário do Ceará (Sindmóveis) e dono da Osterno Móveis, Osterno Júnior, as exportações estão em alta desde o ano passado por conta do dólar favorável, o que permite a competição com os maiores concorrentes dos móveis cearenses: os asiáticos. "Não exportamos mais porque está faltando matéria-prima", explica.

O mercado interno também está aquecido, informa Osterno Júnior, e a expectativa é que os bons resultados continuem em 2021, com tendência a melhorar. "Existe grande expectativa das empresas que já exportavam e tem outros fabricantes buscando exportar também, querendo informação, procurando pessoas especializadas. A expectativa é que 2021 seja muito melhor, que a pandemia tenha acabado, que os mercados fiquem mais tranquilos e voltem a comprar", explica.

Os bons resultados das empresas associadas ao Sindmóveis em exportação estão vindo após o programa Ceará Móveis Export, realizado em 2016 e 2017 pelo sindicato, Centro Internacional de Negócios da FIEC e Unifor. O foco foi a prospecção de mercados internacionais. A iniciativa trabalhou a diversificação dos mercados de destino da exportação dos móveis cearenses e teve como objetivo, além de servir de agente indutor de abertura comercial internacional, consolidar a experiência das empresas que já exportavam. A ideia era que as empresas participantes mantivessem a exportação como uma estratégia de negócio e uma atividade fixa. Oito empresas localizadas no município de Marco-CE participaram do programa.

Entre as atividades, foram oferecidas consultorias de exportação, participação em rodadas de negócios internacionais e em missões empresariais internacionais. "Nos últimos três anos, apesar de algumas dificuldades, o setor tem se destacado. O projeto impulsionou muito a internacionalização através da abertura comercial. Também já havia empresas que exportavam e conseguiram diversificar o mercado", analisa a gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC, Karina Frota.

Essa participação garantiu que as empresas pudessem aproveitar bem o ano de 2020, apesar das dificuldades, de acordo com Karina Frota. "Em um momento tão difícil de pandemia, como já estavam preparadas, essas empresas conseguiram usufruir muito, tanto do momento, quanto da questão cambial", destaca.

Osterno Júnior confirma a relevância do programa para as empresas. "Foi muito importante. Quando começamos, algumas empresas já haviam exportado e pararam. Aí voltamos, viajamos, conhecemos e vimos que há muito mercado. É um programa que realmente trouxe muito resultado", avalia. Os principais mercados são Estados Unidos, Porto Rico e Angola.

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