Evento online debate empreendedorismo na saúde

Empreendedorismo na saúde. Esse foi tema de um dos painéis do seminário online “O futuro da saúde”, realizado nesta quarta-feira (19/8) com a mediação do diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Ceará), Paulo André Holanda. O painel contou com a participação dos convidados Reginaldo Braga Lobo, gerente da Unidade de Negócios Competitivos do Sebrae-CE, e de Antônio Carlos Endrigo, diretor de Tecnologia da Informação da Associação Paulista de Medicina (APM). O seminário teve início ontem (18/8) e é uma iniciativa do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Ceará (Sindessec), com apoio do Serviço Social da Indústria (SESI Ceará).

Na abertura do painel, Paulo André Holanda destacou a importância do evento afirmando tratar-se de uma oportunidade de diálogo ímpar sobre um tema tão relevante para o Ceará e para o Brasil. “A pandemia nos provocou muitas reflexões e esse debate vem a contribuir no entendimento da população e dos empreendedores de diversas questões”, pontuou.

O debate começou com uma reflexão sobre os desafios para quem deseja empreender na área da saúde. Antônio Endrigo afirmou que o brasileiro é empreendedor nato, porém enfrenta um ambiente de negócios desfavorável no país. Na opinião dele, o governo poderia dar mais apoio, reduzindo a burocracia e a tributação. Reginaldo Braga, por sua vez, falou sobre como as dificuldades surgidas com a pandemia podem ser transformadas em oportunidades de negócio, de inovação e desenvolvimento. “Todas as grandes inovações surgiram a partir de catástrofes. A pandemia traz para o segmento de saúde oportunidades únicas”, destacou.

Os participantes debateram ainda questões como a transformação digital e uso de novas tecnologias, como as plataformas de telemedicina para o atendimento aos pacientes. “A pandemia deixou o setor em ebulição, mas é preciso ajuda dos governos no sentido de criarem políticas de estado e não de governo”, enfatizou Antônio Endrigo. O especialista do Sebrae acrescentou que o empreendedor precisa conhecer bem o mercado, o seu negócio e os seus recursos humanos. “Muitas vezes os empreendedores estão pensando em alta tecnologia, em alta inovação, e esquecem do elemento mais básico que é gente. Não se faz inovação sem pessoas. Esse pensamento é um dos grandes equívocos das empresas”, apontou.

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