Ricardo Cavalcante aborda retomada da indústria em live do jornal O Otimista

A retomada das atividades da indústria foi o tema da live promovida hoje (29/6) pelo jornal O Otimista. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, participou, juntamente com o presidente do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias de Souza. A mediação foi da editora-geral do Otimista, Nathalia Bernardo.

O presidente da FIEC afirmou que o período de suspensão das atividades econômicas não essenciais no Ceará gerou dificuldade muito grande para o setor industrial. Alguns setores, como o de alimentos, químico e de confecção não tiveram tantas dificuldades porque continuaram a funcionar. Por outro lado, a queda de faturamento foi grande para outros segmentos, como o de construção, têxtil e de calçados. "Perdemos mais de 13.500 empregos na indústria em abril e maio", informou.

Dos 40 sindicatos filiados à Federação, 14 tiveram atividades suspensas. "Acompanhamos todos e escutamos, junto com SESI, SENAI, IEL e Observatório da Indústria", relembrou. A dificuldade continua, de acordo com Ricardo Cavalcante. "O retorno não é feito com tanta tranquilidade. O principal problema de hoje é falta de crédito. O governo federal precisa ajudar as empresas com velocidade. Foram lançados normativos e programas, mas os recursos não estão chegando na ponta, na empresa", analisou. Segundo o presidente, a FIEC está reunindo-se periodicamente com instituições financeiras para apontar onde está o problema e buscar solução.

Ricardo Cavalcante tratou ainda sobre uso da tecnologia na indústria e na federação, as mudanças trazidas pela pandemia, protocolos seguidos pela indústria, ações do Sistema FIEC na pandemia e a parceria com o Governo do Estado do Ceará. O líder da FIEC falou também sobre o trabalho de construção de uma política industrial, realizado pela FIEC. A Federação está ouvindo industriais de todos os portes e setores, além dos sindicatos filiados para compilar demandas e encaminhar para as três esferas de governo. A previsão é que o trabalho seja concluído em setembro.

A construção civil foi fortemente afetada pela pandemia, afirmou o presidente do Sinduscon-CE, Patriolino Dias de Souza. O setor estava vindo de quatro anos de crise. No último trimestre de 2019, havia sinais de crescimento, mas a pandemia chegou e encontrou as construtoras com caixas não favoráveis. "Estamos refazendo planejamentos, postergando lançamentos. Nossa principal demanda é que a economia fique estável para que as pessoas possam voltar a investir em imóveis", afirmou.

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