Leonardo Comparsi fala sobre inovação como competência organizacional em live do IEL

O docente de inovação da Brain Business School, Leonardo Comparsi, participou hoje (4/6) de webinar promovido pelo IEL Nacional sobre o tema "Inovação: a competência organizacional para a era pós-digital". O IEL Ceará é parceiro da iniciativa, que tem transmissão no Youtube, Linkedin e Microsoft Teams do IEL Nacional.

O webinar foi iniciado pelo superintendente do IEL Nacional, Eduardo Vaz. Ele ressaltou a experiência de Leonardo em desenvolver ambientes e condições para que a inovação floresça como competência organizacional, não somente no desenvolvimento de produtos e processos.

O convidado iniciou a apresentação lembrando das mudanças em ritmo exponencial e não linear vivenciadas nos últimos 30 anos. "Isso traz um componente de volatilidade para os mercados, que mudam com uma velocidade muito grande", disse.

A crise do coronavirus, de acordo com Leonardo Comparsi, pode ser vista como "prova para ver o quanto as empresas estão preparadas para reagir a uma mudança brusca e aproveitar oportunidades e gerar valor em cima dessas oportunidades".

Ele apresentou uma série de aspectos, que chamou de capacidades dinâmicas, para elementos que considera necessários nem uma empresa quando se fala de inovação. São eles: propósito socialmente significativo e transformador; revisão do capitalismo e do lucro pelo lucro; liderança empreendedora, com visão de futuro; média liderança com perfil de trabalho de liderança servidora; cultura organizacional que permite mais velocidade, adaptabilidade e aprendizado; colaboradores com perfil transformador, questionador, apaixonado e colaborativo; estruturas mais flexíveis, com menos burocracia; visão muito bem comunicada e presente; uso forte de tecnologia no dia a dia.

Para ele, é preciso criar um ambiente mais empreendedor na empresa. "Olhando para esses elementos que citei, enxergamos que inovação não é uma área da empresa. É mais do que isso. Ela precisa estar permeada em todo o tecido organizacional", afirmou.

As principais barreiras para que as empresas não tenham sucesso em inovar não são tecnológicas ou de falta de orçamento, segundo Leonardo Comparsi. Os grandes problemas envolvem política, guerra de territórios, falta de alinhamento e questões culturais. Para as empresas modelo, a principal barreira é a pouca disponibilidade de  habilidades em alta demanda.

Diante desse contexto, Comparsi afirmou que inovação pode ser entendida "como uma competência organizacional que permite à empresa manter-se adaptável às mudanças e transformações do mundo".

O convidado tratou ainda das etapas do processo de inovação nas empresas, a necessidade de alocar diferentes lideranças e times nos locais certos e que a inovação pode ser realizada em processos, estrutrura organizacional, modelo de negócio, produção, serviços e sistemas de gestão.

Por último, Leonardo Comparsi tratou da cultura organizacional, um dos pilares que considera fundamentais para o desenvolvimento eficaz da inovação nas empresas. "A cultura é determinada pelo comportamento das pessoas que são ou que parecem improtantes nas organizações. Aquilo que a liderança estimula, desestimula, tolera, decide, como administra o tempo. Estas mensagens definem a cultura da empresa e são lidas pelos colaboradores e interpretadas como a cultura da empresa", explicou.

De acordo com o docente, pintar salas coloridas, criar lounges e cafeterias sem o exemplo é um investimento temerário. Além disso, também é importante, segundo sua análise, modificar os sistemas de avaliação de desempenho e gerenciamento de pessoas. Empresa inovadora, em sua análise, é a que tem cultura com as seguintes características: mais centrada no cliente, auto gerida, com redes colaborativas e que estimule a experimentação. 

(85) 3421.5916 / Av. Barão de Studart, 1980, Aldeota - Fortaleza-CE
© Todos os direitos reservados ao NUMA