Observatório da Indústria lança 5º edição do Boletim Econômico do Coronavírus

O Observatório da Indústria da FIEC divulgou nesta quinta-feira (4/6) a quinta edição do Boletim Econômico do Coronavírus, cujo objetivo é informar as principais medidas adotadas no mundo - e principalmente, no Brasil - para mitigar a desaceleração econômica consequente da fundamental contenção da pandemia.

Os países analisados variam a cada boletim para manter a diversidade. Nesta edição, o boletim examina dados de Rússia, África do Sul, Índia, México, Peru e Canadá, além do Brasil. De acordo com a pesquisadora do Observatório da Indústria da FIEC, Eduarda Mendonça, há entre esses países um padrão de política fiscal e política de crédito expansionistas. A primeira envolve um aumento dos gastos do governo, que repassa auxílios financeiros à população, mantendo seu nível de renda. A segunda visa manter o setor privado ativo e, consequentemente, o nível de emprego estável.

Em relação ao Brasil, o estudo mostra, a cada edição do boletim, uma piora nas expectativas de crescimento econômico para 2020. “Isso é resultado do aprofundamento da crise em curso, pois o Brasil é o segundo país com maior número de casos e o quarto país com maior número de mortes pela covid-19 do mundo. A doença se alastrou muito no país, o que requer continuidade das políticas de isolamento social e paralisação das atividades. Essa continuidade é efetiva na contenção da pandemia, porém tem o efeito colateral de contração econômica”, pondera a pesquisadora.

Eduarda afirma que para mitigar a crise decorrente do controle da doença as políticas do governo são fundamentais. “Somente elas podem reduzir os prejuízos financeiros às famílias e empresas”, comenta. 

O boletim elenca as principais medidas adotadas pelo governo brasileiro, como o auxílio emergencial, que já está distribuindo a segunda parcela, e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O auxílio emergencial, observa a pesquisadora, é relevante sobretudo para as famílias mais vulneráveis, as quais majoritariamente têm sua renda baseada no setor informal. “A manutenção da renda provê a manutenção do seu consumo, o qual também contribui para a estabilidade econômica como um todo”, explica.

Já o Pronampe ao apoiar micro e pequenas empresas, liberando mais de R$ 15 bilhões em empréstimos a taxa de juros mais acessíveis, cumpre indiretamente um papel de manutenção do emprego na conjuntura atual.

Eduarda informa que para as próximas edições do boletim a ideia é atualizar o documento com as novas políticas que vierem a ser adotadas. “Faremos também o monitoramento de indicadores de reabertura das atividades, a qual será uma tendência nos estados brasileiros”, finaliza.

O Boletim Econômico do Coronavírus está disponível para download AQUI.

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