Observatório da Indústria lança 3ª edição do Boletim Econômico do Coronavírus

O Observatório da Indústria da FIEC divulgou nesta terça-feira (5/5) a terceira edição do Boletim Econômico do Coronavírus, cujo objetivo é informar as principais medidas adotadas no mundo - e principalmente, no Brasil - para mitigar a desaceleração econômica consequente da fundamental contenção da pandemia.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial de Comércio (OMC) solicitaram que os países
retirem as suas barreiras comerciais adotadas desde o anúncio de pandemia do coronavírus pela OMS. A intenção é evitar que as novas medidas reduzam a circulação de mercadorias e contraia o comércio internacional. A principal preocupação é com distorções nos suprimentos e de alimentos, mas também há um cuidado com a oferta de financiamento das operações comerciais.

No campo estrutural, há preocupações ainda sobre como a pandemia afetará a produtividade dos países no médio
e longo prazo nas diferentes economias, impactando assim o chamado crescimento de longo prazo. Com a restrição de mobilidade entre fatores (seja trabalho ou capital), a tendência é por um retorno interno e vertical das cadeias globais de valor e perda de eficiência produtiva. Além disso, limitações a aglomerações e interações possivelmente limita também um importante motor dos Sistemas de Inovação: a interação que se transmite entre hábitos tácitos de cooperação que se dá justamente pela proximidade espacial.

Outro aspecto é a própria queda na taxa de crescimento global, o que limita o learning by doing das firmas, os chamados ganhos de escala e de aprendizado inerentes a maiores mercados consumidores ou em expansão.
Por fim, um efeito é incerto: dada uma heterogeneidade entre firmas pequenas, médias e grandes com diferentes níveis de produtividade, uma falência especulada das menores firmas pode levar a uma maior concentração de
mercado (o qual resulta em um efeito dúbio sobre a produtividade) e uma reorganização e uma transferência de
mercado de trabalho para as maiores firmas (efeito positivo). A maior dúvida tange quanto à capacidade dessas
firmas em absorverem esse emprego recém-disponibilizado sem antes acarretar uma perda de prática e de produtividade desses funcionários e uma consequente perda de eficiência interna às firmas - além de ser algo socialmente custoso para a população como um todo.

Mediante a continuidade e o avanço desse quadro geral, vários países continuam tentando mitigar os efeitos da
pandemia, com medidas político-econômicas para atenuar o quadro recessivo. O Boletim aborda as principais, em países como Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Reino Unido, Itália, Alemanha e Espanha. Posteriormente, o boletim aprofunda o cenário nacional, com um retrospecto dos passos dados pelo Brasil na pauta econômica.

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