Acordo Mercosul e União Europeia é tema de artigo de Karina Frota no jornal O Otimista

A gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Karina Frota, publicou artigo ontem (28/1) no jornal O Otimista. No texto, ela analisa o acordo comercial fechado entre Mercosul e União Europeia e a abertura comercial.

Confira o artigo na íntegra:

Acordo Mercosul x União Européia e a Abertura Comercial

A conclusão das negociações sobre um acordo de associação entre o Mercosul e a União Europeia (UE), o primeiro acordo birregional da história, antecipa benefícios econômico-comerciais e político-institucionais de médio e longo prazo para o Brasil e também para as demais nações do bloco. Representa, talvez, em dimensão mais ampla, um primeiro e efetivo sinal de que o país caminha, finalmente, para a esperada abertura da sua economia.

Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo, se e quando entrar em vigor, poderá ampliar as exportações brasileiras para a EU, além de atrair investimentos estrangeiros expressivos. Até 2035, a expectativa é gerar ganhos de US$ 87,5 bilhões para o PIB brasileiro, podendo alcançar até US$ 125 bilhões se considerados eventuais ganhos gerados pelo aumento da produtividade total dos fatores de produção.

É expressivo. Principalmente se levar em conta que o Brasil, junto com os demais países do Mercosul, há mais de vinte anos iniciou, mas nunca completou, um ciclo de liberalização comercial autônoma. Considerações acerca da necessidade de proceder a um novo ciclo, bem como propostas concretas a respeito, merecem atenção especial.

Vinte e oito anos após a celebração do Tratado de Assunção, que criou o Mercosul, o cenário internacional apresenta uma realidade bastante diferente daquela que estimulou a criação de Acordos de Integração Regional. Por um lado, é questionada sua eficácia em articular a cooperação entre Estados, na medida em que as particularidades do comércio internacional, segmentado pela incapacidade de concluir a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio, dificultam a coesão interna de um bloco, como forma de fazer frente ao sistema comercial multilateral. De outro, o aprofundamento acelerado da globalização dá aos Estados novas formas de inserção internacional, além da integração regional.

Assim, a abertura comercial continuamente comentada pela equipe econômica do Governo Federal exigirá importantes adequações para as empresas nacionais. A abertura comercial sendo conduzida de forma gradual e com critérios minunciosamente bem definidos, poderá ser benéfica para a indústria brasileira.

A indústria nacional deverá ingressar em um ciclo promissor. As ações do atual governo têm extrema importância, principalmente com relação ao equilíbrio fiscal, à reforma da previdência e à redução da burocracia.

O desafio real é o do que se espera que o governo possa fazer em um período de tempo consideravelmente curto. Não há definições, mas o discurso sobre a abertura da economia aparece como um dos pilares da mudança. A abertura não será instantânea, será progressiva e responsável justamente para ajudar as empresas a se reestruturarem.

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