Exportações cearenses atingem US$ 1,52 bilhões no acumulado do ano

Apesar de apresentar uma variação mensal negativa, as exportações no mês de agosto do Ceará, no valor de US$ 145,3 milhões, estiveram 0,7% acima das exportações do mesmo período do ano anterior. O acumulado do ano, US$ 1,52 bilhões, portanto, manteve o Ceará na 14ª posição entre os demais estados brasileiros, permanecendo com 1% em participação, e apresentando um crescimento de 7,5% quando comparado ao resultado do acumulado janeiro-agosto de 2018. As importações, totalizadas em US$ 211,6 milhões em agosto e US$ 1,6 bilhões no acumulado do ano, ambas sofreram uma retração quando comparadas aos seus respectivos resultados anteriores, posicionando o estado na 13ª colocação no ranking das importações brasileiras por estado. Os dados são da edição de setembro do "Ceará em Comex", estudo de Inteligência Comercial elaborado mensalmente pelo Centro Internacional de Negócios da FIEC.

A queda nas importações e o aumento nas exportações gerou um aumento de 79,9% no saldo comercial do estado do Ceará, que, apesar de continuar negativo, encaminha-se para um ponto de equilíbrio. As exportações cearenses permanecem sendo lideradas pelas vendas dos produtos do setor metalomecânico. O grupo de produtos “ferro fundido, ferro e aço” exportou o equivalente a US$ 842,01 milhões, dos quais US$ 730,3 milhões correspondem a “outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular”. Dá-se destaque também para o grupo de produtos de “máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes” e “combustíveis minerais, óleos minerais e produtos de sua destilação”. Os aparelhos elétricos obtiveram crescimento de 126,3% com total de US$ 122,8 milhões, enquanto os combustíveis alcançaram 79,2% de acréscimo, com total de US$ 23,7 milhões.

Mais especificamente, os componentes eólicos, inseridos na categoria de “partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores”, apresentaram uma das maiores altas, de 131,8%, ao ser exportado o valor de US$ 122,1 milhões. Já “produtos semimanufaturados, de outras ligas de aço” cresceram 172,4% dado as vendas para o exterior no valor de US$ 60,7 milhões. No entanto, a maior alta no volume exportado é representada pelas placas de aço convencionais, classificadas apenas como “ produtos semimanufaturados de ferro”. Os semimanufaturados, que já foram o principal item vendido pelo estado, somam agora US$ 31,9 milhões após angariar um crescimento de mais de 2000 pontos percentuais em relação a 2018. Ainda no acumulado de janeiro a agosto de 2019, os Estados unidos permanecem como o principal destino das exportações cearenses.

Com US$ 686,01 milhões consumidos, principalmente em produtos siderúrgicos, o mercado americano elevou sua demanda por produtos cearenses em 32,2% se comparado ao ano anterior. O país detém 45,06% de participação do total em exportações do estado. O México também tem demandado grandes quantidades de placas de aço cearense. O mercado mexicano, nos 8 meses de 2019, tem importado 30,8% mais artigos de aço que em 2018, totalizando US$ 144,5 milhões. Com o maior crescimento apresentado entre os destinos das exportações, a Itália tem mantido seu consumo ativo em relação aos produtos siderúrgicos importados do Ceará. O mercado italiano importou US$ 113,1 milhões no período, compondo 7,43% do total exportado pelo Ceará, o que significa uma alta de 361,9%. A segunda maior elevação em consumo pertence à República Tcheca, que totalizou US$ 54,4 milhões, valor que se elevou 295,9% em relação ao montante de 2018.

Mesmo com a leve queda de 17,9%, as importações do município de São Gonçalo do Amarante o ranking dos municípios importadores e representa mais de 35,5% de tudo que o Ceará compra do exterior. Fortaleza aparece em seguida na 2° posição. A capital cearense soma US$ 478,8 milhões e uma participação de 30% no total em importações, valor que cresceu 31,2% em relação ao ano anterior. Maracanaú e Caucaia ocupam a 3° e 4° posição, com totais de US$ 210,9 milhões e US$ 158,3 milhões, respectivamente. Entre os produtos mais consumidos pelo Ceará em países estrangeiros, os combustíveis minerais são os de maior procura. Mesmo com um valor 15,1% inferior ao de 2018, esses combustíveis totalizaram US$ 645,2 milhões, dos quais mais de 50% são sólidos, em forma de hulhas. Estas hulhas, que lideram o ranking por produtos, são um dos principais insumos do setor siderúrgico. Intimamente relacionado aos combustíveis sólidos, o setor de ferro e aço é o 2° nas importações cearenses, com US$ 144,9 milhões, após obter um crescimento de 34,8%.

Um dos produtos mais importados é o resíduo metálico, que pode ser utilizado como insumo na produção do setor metalomecânico. Esse tipo de sucata é cada vez mais utilizado, tendo sua demanda crescido 310,3%. As aquisições de trigo também têm crescido nos últimos meses e totalizam agora US$ 138,6 milhões, abastecendo as indústrias de massas e panificação, atingindo o 2° lugar no ranking de produtos. Assim como nas exportações, os Estados Unidos são o principal fornecedor cearense, com US$ 463,08 milhões importados pelo Ceará. O mercado americano engloba 28,9% do fornecimento ao estado, tendo crescido 38,6% no período. Logo em seguida, a China, 2° maior origem das importações cearenses, totalizou US$ 268,9 milhões em exportações às cidades cearenses. 

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