Atividade industrial no Ceará em fevereiro registra baixa

Os resultados da Sondagem Industrial de fevereiro, realizada pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), revelam retração da atividade industrial do Ceará. Em consequência, observa-se um processo de ajuste das expectativas pelos industriais cearenses, mas ainda com sinalizações de crescimento para os próximos meses.

Em fevereiro, o setor industrial do Ceará apresentou retração na produção pelo quarto mês consecutivo ao registrar 45,8 pontos. Apesar da redução ser usual em fevereiro, o índice observado é o maior para o mês desde 2014, reforçando os sinais de retomada econômica. A indústria cearense operou com capacidade instalada bem abaixo do usual para o mês, de acordo com o índice de 41,1 pontos, registrando mais um mês de expansão da ociosidade industrial.

Em relação ao mercado de trabalho, verifica-se redução no quadro de funcionários da indústria cearense pelo quarto mês consecutivo, dado o índice de 46 pontos. Por fim, observa-se também o crescimento dos estoques de bens industrializados, o qual alcançou o maior valor desde a greve dos caminhoneiros em maio do ano passado: 54,6 pontos. No que concerne às expectativas para os próximos seis meses, os industriais cearenses projetam cenário de crescimento para demanda por bens industrializados e compra de insumos e matérias-primas, enquanto que o mercado de trabalho do setor industrial não deverá sofrer alterações significativas ao longo dos próximos meses.

Em virtude da piora das condições externas, como a redução das projeções de crescimento econômico mundial, não há perspectivas para expansão das exportações de industrializados pelo estado do Ceará. Por último, a intenção de investimentos registrou retração em março, anotando 55,6 pontos. A queda é registrada pelo terceiro mês consecutivo, representando um decréscimo de 9,5 pontos em relação ao mês de dezembro. A redução das expectativas caracteriza-se como um processo de ajuste das expectativas pelo empresariado em virtude da estagnação da economia brasileira e das incertezas relacionadas à reforma da previdência. Apesar do índice de expectativa para a realização de investimentos produtivos situar-se acima da média histórica de 51,5 pontos, o registro é insuficiente para dinamizar a economia cearense no que se refere à geração de renda e de novos postos de emprego.

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