[REVISTA DA FIEC] Élcio Batista - Diálogo em ação

                                                                                                                                                                                                

O governador Camilo Santana instaurou em sua gestão um ciclo de prosperidade para o Ceará cuja essência está diretamente ligada ao seu jeito de governar. A experiência da escuta atenta e o diálogo franco com os mais diferentes agentes sociais são a marca de uma administração que promove, mesmo em um macro cenário adverso, consistentes avanços. Em relação ao setor produtivo, não poderia ser diferente. A abertura se dá em especial com o segmento industrial. Camilo aproximou-se da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) disposto a ouvir e construiu uma relação profícua e benéfica para a Indústria e para o desenvolvimento econômico do estado.

Na linha de frente desse modelo Camilo de governar, está o cientista social e mestre em sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) Élcio Batista, secretário-chefe de gabinete. A ele cabe o papel estratégico de articular a política governamental com os municípios e a sociedade, pondo em prática a diretriz do governador de buscar, por meio do diálogo, caminhos que levem o Ceará a um patamar de desenvolvimento capaz de garantir qualidade de vida aos cearenses.

O secretário tem trabalhado no sentido de aprofundar o relacionamento institucional entre o Executivo e o setor produtivo e com a FIEC estabeleceu uma proximidade parceira que impulsiona o segmento. Élcio é presença constante na Casa da Indústria e, como pensador que por essência é, suscita discussões que contribuem para o debate sobre os desafios da economia e da indústria cearense.

“A relação com a FIEC é fundamental porque a Federação ajuda a construir as políticas de desenvolvimento industrial para o Ceará”, explica o secretário. Para ele, estado e FIEC precisam estar em completa sinergia, caso contrário não se consegue aperfeiçoar os processos necessários ao desenvolvimento da indústria cearense. “A parceria com a FIEC pode ajudar o Ceará a dar um salto qualitativo em direção a uma indústria competitiva no âmbito internacional, a indústria 4.0, que é nosso grande desafio. Apesar do setor industrial ter encolhido no mundo todo, ele ainda é fundamental para o salto de desenvolvimento tecnológico de qualquer sociedade”, sentencia.

DO VALOR DO SERTÃO E A INFLUÊNCIA DO PAI
Élcio Batista integra a cúpula da gestão Camilo Santana desde janeiro de 2015 e foi escolhido para o cargo por seu perfil técnico. Professor e pesquisador por vocação, o cientista social construiu carreira na Academia, onde começou a ministrar aulas aos 25 anos. Foi, além de docente, gestor e assessor em várias faculdades e universidades em Fortaleza e, paralelamente, dedicou-se a outras atividades no âmbito público e privado até o chamado para o Palácio da Abolição.

Filho de Raimundo Paulo Batista e Raimunda Cardoso da Silva Batista, Élcio nasceu no dia 16 de janeiro de 1974 em Cascavel, no Paraná, em uma pequena fazenda. É o caçula de seis filhos. A família migrou atraída pela prosperidade da soja, porém não se adaptou ao Sul. Com dois anos de idade, Élcio veio com a família para Aiuaba (CE), no Sertão dos Inhamuns, terra de sua mãe, e viveu no distrito de São Nicolau até os sete anos de idade.

Da infância bucólica, Élcio guarda boas recordações. Ele lembra de um rio que cortava a fazenda onde morava. Lá, conviveu com a fartura de água e com momentos de seca também. Outra lembrança boa é a convivência com os animais. Adorava andar a cavalo e passar horas galopando, contemplando a natureza. “No interior, você acaba se tornando uma criança extremamente observadora. É um exercício permanente de observar”, diz.

Com sete anos, Élcio se mudou para Fortaleza para morar com as irmãs, mas até chegar à faculdade vivia entre a capital e o interior. Seu pai por muitos anos foi vereador em Aiuaba e sempre que Élcio voltava ao sertão, seja nas férias ou nos fins de semana, acompanhava a vida pública do pai, o que acabou despertando nele o interesse pela política e a vontade de contribuir para o desenvolvimento social das pessoas. “Meu pai tinha uma relação política muito forte com a cidade. Era genuíno o compromisso dele em ajudar. Como ele acabou se tornando uma pessoa bem-sucedida, a filosofia dele era que aquele sucesso deveria ser revertido no bem-estar social. E ele ajudava as pessoas de diferentes formas”, conta.

Quando fala no pai, Élcio se entusiasma. Segundo ele, apesar de não ter muita instrução, o pai era um filósofo e tinha uma ética quase monástica de trabalho. Dele, Élcio herdou fortemente o senso de disciplina e seriedade com o trabalho. “Papai gostava de viajar, de empreender, de filosofar sobre a vida, sobre os valores humanos, de contar histórias. E eu ouvia as histórias dele e aquilo me ajudava a refletir sobre muita coisa da vida”, recorda.

O SONHO DE SER POLÍTICO
Em Fortaleza, Élcio morava em uma casa no bairro São João do Tauape, em cuja paróquia viveu intensamente a religião católica como coroinha. Estudou nos primeiros anos em uma escola pequena onde desenvolveu o gosto por esportes, especialmente o futebol. Logo depois, foi transferido para o colégio General Osório para integrar o time de futebol da escola e lá ficou até o terceiro ano do ensino médio. A paixão pelo esporte crescia ano a ano e Élcio cogitou seguir uma carreira profissional de atleta. A influência do pai, porém, era determinante e o impelia a outro caminho. O grande objetivo do jovem Élcio era ser político: fazer uma faculdade e voltar para o interior para ser prefeito.

Todos os dias Élcio lia os jornais para acompanhar a dinâmica da política e os campeonatos de futebol. As irmãs dele também eram envolvidas em política e participaram ativamente como militantes da campanha de Maria Luiza à prefeitura de Fortaleza. “De um lado, tinha meu pai, que foi Arena e PSDB,e do outro, minhas irmãs, que não eram ligadas a partido, mas que tinham uma visão mais de esquerda, mais contestadora do mundo e da vida social, querendo construir algo novo, um mundo melhor. Então eu vivia com essa dicotomia”, pontua.

Esse tempo era o fim dos anos 80 e início dos 90 e o Brasil passava por grandes transformações. Élcio acompanhava o desenrolar da história com muito interesse e desejava fazer faculdade de Ciências Políticas, inclusive para realizar o sonho de ser político como o pai, mas como não havia esse curso em Fortaleza, optou pelas Ciências Sociais, que agradou também por ser um curso com boas referências.

O PRIMEIRO SALTO QUÂNTICO
Depois que entrou na faculdade, muita coisa mudou. Élcio desistiu de voltar para o interior e ser político. Ele descobriu que o que queria realmente ser era professor, pesquisador. Logo no segundo semestre, passou a ser bolsista de monitoria. Depois foi bolsista do CNPQ. “Todo o dinheiro que recebia da bolsa era usado para adquirir capital cultural, intelectual e social. Comprava livros, CDs, ia para cinema, teatro, shows... Eu gastava tudo na minha formação”, explica.

Como bolsista do CNPQ, Élcio se dedicou aos estudos de conflitos sociais e violência com o professor César Barreira. Em 1997 houve a oportunidade de ir para São Paulo fazer estágio no Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e lá fez benchmarking para estruturar aqui o Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da UFC.

Élcio lembra que, nessa época, passava praticamente o dia inteiro na universidade. Quando não estava em sala de aula ou na biblioteca estudando, estava envolvido em alguma atividade da universidade. Com dedicação em tempo integral aos estudos, Élcio aproveitava os professores ao máximo e participava das discussões que se estendiam para além do ambiente acadêmico.

Frequentava a Associação dos Docentes da UFC (ADUFC) e ajudava a organizar uma grande semana de ciências sociais, quando conviveu com os grandes pensadores da área no Brasil. Na opinião de Élcio, o curso de Ciências Sociais era na época o melhor da área de Humanas e tinha um dos mais gabaritados corpos docentes, com muitos professores doutores e com experiência internacional.

“Devo muito à UFC”, frisa. Vários mestres influenciaram Élcio nesse processo de formação e ele faz questão de citar os mais importantes: César Barreira, João Arruda, Custódio Almeida, Jawdat Abu-El-Haj, Andre Haguette, Fábio Bastos, Manfredo Araújo, Diatahy Bezerra de Menezes, Estevão Arcanjo, Valmir Lopes e Tarcísio Pequeno.

Além de professores inspiradores, Élcio ressalta que, no grupo de alunos, havia estudantes dedicados que tornaram o aprendizado ainda mais enriquecedor. Era comum prolongar os debates sobre o mundo, literatura, cinema, cultura, sociologia, antropologia, política, economia, entre outros, em encontros nas casas dos amigos e em eventos culturais, com a participação de professores e outros intelectuais. O cinema de arte também fez parte do cotidiano de Élcio e o convívio no ambiente universitário do Benfica, com toda sua efervescência e diversidade, influenciaram decisivamente a sua formação.

Ainda cursando Ciências Sociais, Élcio estudou alemão, inglês e francês. Concluiu a graduação e logo passou na seleção do mestrado. Sob a orientação de César Barreira, foi bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e continuou suas pesquisas no LEV. Concomitantemente, começou a trabalhar dando aula de Geografia Humana no colégio Geo Dunas. Pouco tempo depois passou em seleção para professor substituto na Universidade Estadual do Ceará (UECE) e ministrou a disciplina de antropologia durante três anos.

“Ter cursado Ciências Sociais na UFC foi o primeiro salto quântico que aconteceu na minha vida. O segundo foi ser professor na UECE. Eu estava no primeiro ano do mestrado e tinha o desafio de preparar as aulas para os alunos de graduação, isso com 25 anos de idade. Imagina ser professor de jovens com quase a mesma idade que eu! Então eu tive de estudar muito e fazia aquilo com muito empenho. Era um desafio e uma satisfação muito grande, ao mesmo tempo”, comenta Élcio.

A partir daí, Élcio foi conquistando, aos poucos, seu espaço em diversas faculdades. Deu aulas na Fanor e depois na FA7. Foi coordenador, subcoordenador e ajudou a estruturar o curso de Comunicação Social – Jornalismo e Publicidade, Rádio e TV na Fanor. Trabalhou ainda na faculdade Marista, onde coordenou o curso de Marketing.

Concluiu o mestrado em 2002 com a dissertação “Lutas Políticas e Poder Familiar: pactos, conflitos e violência”. Ao mesmo tempo em que ia aprimorando conhecimentos e evoluindo profissionalmente, foi alargando seu ciclo de amizades e afetos no meio acadêmico. Paulo Linhares, Fernando Costa, Fausto Nilo, Carla da Escóssia, Bete Jaguaribe e Maninha Moraes são alguns dos amigos de quem Élcio fala com grande carinho e admiração. Na definição desses amigos, Élcio é um cara extremamente generoso e que aprofunda qualquer conversa, fugindo do lugar comum na abordagem dos problemas.

“Ninguém espere do Élcio uma abordagem simplista e superficial das questões, porque ele vê além. Faz tudo isso com muita energia e disposição para o trabalho. Posso dizer que o Élcio amigo é cuidadoso nas relações e sabe ser gentil. Somos amigos há alguns anos e acho que ele não tem tido tempo de viver as amizades. Mas as amizades permanecem, porque ele sabe do valor que têm em sua vida. O poder não embaça seus sentidos”, depõe a socióloga Carla da Escóssia.

TUDO AGORA E AO MESMO TEMPO
Élcio se considera um workaholic. “Quando abraço alguma coisa, faço com muita força, com muita paixão e dedicação”, diz. Também é curioso, o que o leva sempre a novos desafios. Está fazendo sempre várias coisas ao mesmo tempo. “Sou extremamente inquieto e hiperativo e só duas coisas produzem em mim quietude: a leitura e o esporte. O primeiro me possibilita o exercício da concentração e o segundo faz com que eu gaste bastante energia e extravase tudo”, explica.

Em sua trajetória profissional, outra experiência marcante para Élcio foi a criação de uma ONG de Educomunicação, chamada Aldeia. O objetivo era ajudar a desenvolver habilidades relacionadas à comunicação com alunos de escola pública. Atuou também como assessor de planejamento no Instituto Dragão do Mar e colaborou como pesquisador e editor convidado da Revista Conviver Nordeste, publicação própria do Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (DNOCS). Nessa ocasião, conheceu Eudoro Santana, pai do governador Camilo, que à época era diretor-geral do órgão.

Em seguida, participou de projetos com o Grupo de Comunicação O Povo, contribuindo com a criação da TV O Povo, onde produziu, dirigiu e apresentou o programa de debates Porto Mucuripe. Também participou de debates na rádio O Povo/CBN. Élcio foi, depois disso, trabalhar na reestruturação e no plano de ação estratégico do Instituto de Estudo e Pesquisa Sobre o Desenvolvimento do Ceará (INESP/CE), órgão técnico e científico de assessoramento da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, que à época era presidida pelo então deputado Roberto Cláudio.

Do INESP, foi para a Academia Estadual de Segurança Pública (AESP), onde ficou por três meses como secretário-executivo. Interrompeu essa missão para, a convite de Roberto Cláudio, participar da elaboração do plano de governo da campanha à Prefeitura de Fortaleza. Na campanha, trabalhou novamente com Eudoro Santana. Antes disso, Élcio havia trabalhado na avaliação e monitoramento do Programa Integrado de Políticas Públicas de Juventude (PIPPJ) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), executado pela Prefeitura de Fortaleza. Quando Roberto
Cláudio foi eleito prefeito, convidou Élcio para a pasta da Juventude e ele começou a implementar o programa que havia monitorado na gestão anterior.

“Foram dois anos de um grande aprendizado. Foi outro salto quântico na minha vida. Me aproximei do Rui (Rodrigues Aguiar), do Unicef, o qual passou a ser um parceiro importante da secretaria. Desenvolvemos uma série de trabalhos, organizei, deixei um planejamento que vem sendo executado. Embora tenhamos muitos problemas nessa área na nossa cidade – porque temos uma demografia muito grande de jovens, sobretudo jovens com problemas de formação educacional e profissional –, Fortaleza é uma das boas experiências que se tem em juventude no país”, destaca.

Todo o repertório intelectual que acumulou ao longo dos anos, a sua visão marcada pela busca do desenvolvimento numa perspectiva inclusiva para segmentos historicamente marginalizados e as experiências anteriores de gestão pública credenciaram Élcio para atuar, a convite de Eudoro Santana, na elaboração do plano de governo do então candidato Camilo Santana.

Na campanha, Élcio e Camilo estreitaram laços e, após as eleições, o cientista social foi nomeado secretário-chefe do gabinete do governador. Élcio assumiu a missão com o compromisso de se dedicar intensamente ao trabalho e de implementar a pedagogia do diálogo nas relações entre o Executivo estadual e demais esferas de poder e as instituições.

“Camilo e Eudoro são pessoas do diálogo. Eu também. Aprendi com meu pai isso do diálogo, de conversar, de discutir, de debater e de encontrar uma solução para os conflitos pactuada num acordo, acreditando que é possível construir acordos entre as pessoas e esses acordos serem respeitados. Então, desde a campanha temos na pedagogia do diálogo uma forma de construir um mundo melhor a ser implementado no estado. Essa é a diretriz do governador. Ouvir as pessoas e entender o que elas estão demandando. Ser capaz de sentar, de negociar, de estabelecer processos de negociação com base no diálogo”, reflete.

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
A rotina de reuniões, eventos, viagens e todos os compromissos que o cargo impõe fazem a vida pessoal ficar em segundo plano, porém isso não é algo que incomode o secretário. Élcio não é casado, nem tem filhos, mas se sente feliz com a escolha de viver para o trabalho. Ele acredita que por meio da vida pública pode empreender um processo de transformação social e a esperança em um futuro com mais bem-estar social, herança de seu pai e desejo de toda a sua geração, faz dele um homem completo.

“Fiz da minha vida um empreendimento. Eu sou, talvez, um empreendedor de mim mesmo. Uma pessoa que investe em suas próprias capacidades e habilidades para desempenhar com competência as missões que lhe são confiadas a cada momento da sua vida. Acredito que a minha geração tem o compromisso de melhorar a vida da nossa cidade, do nosso estado, do nosso país. Buscamos um bem-estar que possa ser compartilhado e que as pessoas possam viver a diversidade da existência humana num processo de confiança mútua diferente do que a gente tem assistido hoje no Brasil, que é uma sociedade dividida, apartada socialmente, politicamente, economicamente, ambientalmente. O desafio da gente é aproximar as pessoas. Esse é o compromisso geracional”.

MEDALHA DO MÉRITO INDUSTRIAL
A disposição para ouvir e a articulação institucional entre o governo e a FIEC levaram Élcio Batista a ser indicado para a Medalha do Mérito Industrial. “Recebi com surpresa a indicação, mas me senti extremamente honrado e feliz pelo reconhecimento. Sinto-me ainda mais devedor do meu compromisso com o desenvolvimento Ceará e do setor industrial”, afirmou.

Élcio diz que a aproximação com a FIEC só foi possível porque houve uma sintonia muito grande entre o governador e o presidente da FIEC, Beto Studart. “Encontramos na FIEC um ambiente favorável ao diálogo e um presidente aberto, com uma grande capacidade de se articular internamente e com o governador. Beto Studart acabou se tornando um grande amigo”.

Para Élcio, o alinhamento se dá em um importante momento, levando-se em conta o cenário nacional. “Vivemos um tempo crítico no país de crise social, crise econômica e crise de confiança nas instituições. Aqui, ao contrário, conseguimos unir essas duas instituições e fazer com que elas, tanto governo quanto FIEC, continuem merecendo confiança. Isso se deve a esses dois personagens, ao Camilo e ao Beto”.

A relação com a FIEC, na opinião de Élcio, é extremamente produtiva e necessária. “Se não houver – numa sociedade de mercado – uma relação entre o setor público e o setor privado na busca pela geração de riquezas, dificilmente haverá desenvolvimento sustentável. É muito importante que o setor público trabalhe junto com o setor privado no processo de geração de riqueza. Esse processo é que vai possibilitar o crescimento econômico e os investimentos necessários para a construção de uma sociedade de bem-estar social, em que a desigualdade social seja a mínima possível”.

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Essa matéria faz parte da nova edição da Revista da FIEC. Clique AQUI e confira a publicação na íntegra.

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