FIEC lamenta morte do empresário José Dias de Macêdo

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), através do presidente Beto Studart e de toda a sua diretoria, lamenta profundamente o falecimento do empresário e senador José Dias de Macêdo. Pai do ex-presidente da FIEC, Roberto Macêdo, José Macêdo é um símbolo para a indústria nacional, por todo o trabalho realizado ao longo de seus 99 anos de vida. Esse reconhecimento é atestado pelo grande número de homenagens recebidas por sua brilhante trajetória, como o Troféu Sereia de Ouro; e as Medalhas do Mérito Industrial, da Abolição e Ivens Dias Branco. Apesar deste momento de tristeza, o que fica é a certeza de que seu exemplo e ensinamentos serão valiosos para a história do Ceará.

Natural de Camocim (CE), José Macêdo fundou em 1939 o Grupo J. Macêdo. É considerado o ícone de uma geração empresarial que pensou e se atreveu a construir as bases industriais do Ceará e do Nordeste, integrando a região às nascentes da industrialização do Brasil. Fundou, dentre outros, o primeiro moinho de trigo, o primeiro frigorífico industrial e a primeira cervejaria do Ceará, bem como a primeira fábrica de transformadores e a primeira de pneus do Nordeste.

Integrou conselhos de empresas como a Cia. Vera Cruz de Seguros, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Conselho de Autoridade Portuária do Estado do Ceará.
Economista por formação, dedicou-se à vida pública e foi deputado federal por três legislaturas (1959 a 1971), além de suplente de senador da República com dois mandatos (1971 a 1987), tendo assumido a cadeira de titular na última legislatura.

Por seu arrojo e pioneirismo recebeu honrarias nacionais, a exemplo do Prêmio Tendência (Bloch), Empresário do Ano (CNI), Gente que Faz (Bamerindus), Líder Empresarial (Gazeta Mercantil), Sereia de Ouro (Grupo Edson Queiroz), a Medalha da Abolição e a Medalha Ivens Dias Branco (Governo do Estado do Ceará). Em 1979, foi homenageado pela FIEC com a Medalha do Mérito Industrial, a mais alta comenda da indústria cearense. 

Foi durante 64 anos casado com Maria Proença de Macêdo (1922 – 2006), com quem teve oito filhos. Sobre ele, foram escritos três livros: “História Empresarial Vivida” (Editora Gazeta Mercantil, 1988), “J. Macêdo – Uma Saga Empresarial Brasileira” (Edicon, 1989) e “Parece Que Foi Amanhã” (Editora Omni, 2009).

O Grupo J. Macêdo iniciou suas atividades em 1939 no Ceará, expandindo-se para todo o território brasileiro, atuando hoje nos mercados de alimentos e tintas. A J.Macêdo S/A lidera os segmentos de farinha de trigo doméstica e misturas para bolo, e é a segunda empresa nacional de massas alimentícias, com as marcas Dona Benta, Petybon, Sol, Boa Sorte e Brandini. A Hidracor, fabricante de tintas imobiliárias, destaca-se por sua forte atuação nas regiões Norte e Nordeste do país.

       

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