Ceará Global debate internacionalização da economia cearense

Cerca de 300 pessoas, entre empresários, investidores, cônsules, representantes diplomáticos e especialistas em comércio exterior, lotaram nesta quinta-feira (9/8) o auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) durante a segunda edição do Ceará Global. O evento anual é uma realização da Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do Ceará, da FIEC, através do Conselho Temático de Relações Internacionais (Corin) e do Centro Internacional de Negócios (CIN), e da Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE), com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Ceará), Junta Comercial do Ceará (Jucec) e do Grupo de Comunicação O Povo.

O evento foi aberto pelo presidente da FIEC, Beto Studart. Em discurso, ele destacou que o Ceará tem na internacionalização de sua economia um dos mais vitais aspectos neste momento da história e ressaltou o trabalho da FIEC nesse processo, servindo pequenas, médias e grandes indústrias através do CIN e propondo uma agenda para o desenvolvimento do estado. Beto Studart contou ainda sua história pessoal como industrial cuja trajetória de prosperidade foi alavancada a partir de importações de matérias-primas.      

“Nós vivemos num mundo onde todos falam em exportação. Tudo é exportação. No entanto, nós somos exportadores de commodities. Porém, precisamos falar em importação. A minha empresa cresceu por conta de um trabalho gigantesco para descobrir a rota da matéria-prima, descobrindo fornecedores internacionais. Importar nada mais é que atrair produtos de qualidade do mundo todo, com preços alternativos”, declarou. 

A presidente da Câmara Temática de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do Ceará e do Corin, Roseane Medeiros, explicou que o Ceará Global surgiu com o objetivo de ser um evento anual que busca dar visibilidade aos esforços do estado na elaboração de sua política de internacionalização. De acordo com ela, o Ceará conta com uma localização geográfica estratégica e uma excelente infraestrutura portuária e aeroportuária, além de uma rede de fibra ótica que conecta o Brasil ao mundo, e toda essa ambiência traz otimismo e novas perspectivas econômicas.

“Esses ativos são fundamentais para a consolidação dos investimentos existentes e atração de novos investimentos. Para conhecer melhor toda essa ambiência favorável à internacionalização de nossa economia é que estamos aqui reunidos. Não há dúvidas de que as relações comerciais são globais e temos concorrentes no mundo inteiro e há muito o que fazer para incrementarmos nossa competitividade”, afirmou.

Por isso, o evento contou com palestras sobre oportunidades de negócios e investimentos e apresentação de casos de sucesso. A primeira palestra foi do secretário chefe do gabinete do governador Camilo Santana, Élcio Batista. O secretário explicou que a nova era tecnológica, a nova demografia mundial, o novo modelo de comunicação, o novo sistema de trocas comerciais e a nova configuração política e econômica compõem cinco movimentos que impactam na internacionalização da economia do Ceará. De acordo com ele, considerando esses movimentos, o Ceará vem fazendo os investimentos corretos para tornar-se global. 

“Um Ceará global acontecerá à medida que o nosso estado se tornar competitivo. Para sermos competitivos precisamos de educação, ajuste fiscal, um ambiente favorável aos negócios, inovação, pesquisa e desenvolvimento e planejamento. Tudo isso vem sendo feito, o que nos coloca na rota da prosperidade. Vamos dar um salto vertiginoso e daqui a 30 anos a gente vai olhar para trás e vai ver que o Ceará se transformou numa Coreia, país que avançou muito nos últimos tempos e que hoje domina várias áreas de alta tecnologia”, sustentou.    

      

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