Pesquisador do CEI desenvolve estudo sobre reparação de danos após desastre ambiental em MG

Com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o pesquisador do Centro de Excelência em Inovação (CEI) da FIEC e doutorando em Administração e Controladoria pela UFC, Raphael Campos, foi a campo entre os dias 18/2 e 16/3 desse ano para pesquisar a questão da governança do processo de reparação da Bacia do Rio Doce em decorrência do desastre da Samarco em Minas Gerais. Como resultado dessa pesquisa, ele iniciou a construção do estudo “Elos Faltantes no setor de Água do Ceará”. A entrega do material está prevista no convênio firmado entre o Núcleo de Economia e Estratégia da FIEC e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ao longo de todo esse percurso de aproximadamente 20 dias úteis, o pesquisador gravou e realizou 50 entrevistas com as principais instituições envolvidas no processo de reparação da Bacia do Rio Doce, o que totalizou mais de 50 horas de áudio. Obteve ainda mais de 600 arquivos de dados secundários, incluindo pautas e atas de reunião, notas técnicas, decretos, deliberações, além de incontáveis observações diretas ao longo de quase 700 km de Bacia Hidrográfica. “Com isso, sob a orientação da professora e doutora Mônica Abreu, tenho totais condições de desenvolver um trabalho de tese com alto potencial de relevância e contribuição para a ciência, para a academia, bem como para o setor produtivo e para o Estado do Ceará", esclarece Campos.

Sobre o desastre da Samarco

Ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de rejeitos de mineração de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, causou uma enxurrada que se espalhou pelo leito do Rio Doce, por 600 Km, até chegar ao litoral capixaba. A barragem de Fundão está localizada na unidade industrial de Germano, no subdistrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, na região central de Minas Gerais, no Sudeste do Brasil. O rompimento se configura como o maior desastre ambiental do Brasil e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeito. O desastre provocou a destruição do subdistrito de Bento Rodrigues, deixando 19 mortos, mais de 600 pessoas desabrigadas e desalojadas, milhares de pessoas sem água, interrompendo diversas atividades econômicas dependentes do rio e gerando graves danos sociais e ambientais em toda a Bacia do Rio Doce.

 

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