Psicóloga do SESI Ceará tem artigo publicado sobre Síndrome de Burnout

Em artigo publicado hoje (27/4), no Jornal O Estado, a Psicologa do SESI Ceará Ana Karine Andrade, fala sobre a Síndrome de Burnout: conhecer para prevenir. Confira:

Definida como um dos grandes problemas psicossociais que afetam profissionais de diversas áreas, a síndrome de Burnout tem gerado grande interesse e preocupação por parte da comunidade científica, assim como de entidades governamentais, empresariais, educacionais e sindicais no Brasil e no mundo devido à severidade das consequências que esta síndrome apresenta no indivíduo e nas organizações.
A síndrome caracteriza-se como uma resposta ao estresse crônico vivenciado no ambiente de trabalho, além do desgaste emocional, a despersonalização e a reduzida satisfação pessoal ou sentimento de incompetência do trabalhador como principais características. Importante fazer uma diferenciação entre o Burnout, que seria uma resposta ao estresse laboral crônico, de outras formas de respostas ao estresse.

A síndrome de Burnout envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, aos clientes, à organização e ao trabalho, sendo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. O quadro tradicional de estresse não envolve tais atitudes e condutas, sendo um esgotamento pessoal que interfere na vida do indivíduo, mas não de modo direto na sua relação com o trabalho.

Pode estar associada a uma suscetibilidade aumentada para doenças físicas, uso de álcool e/ou outras drogas (para obtenção de alívio) e para o suicídio. A síndrome apresenta maior prevalência em trabalhadores que vivem a ameaça de mudanças compulsórias na jornada de trabalho e declínio significativo na situação econômica.

A associação existente entre síndrome de Burnout e o ambiente de trabalho deixa em vidência transformações importantes que ocorreram, especialmente nas duas últimas décadas, referente a uma maior disponibilidade de informações, multifuncionalidades, cargas e pressões frequentes e a alta demanda, como exemplos, de modificações no mundo do trabalho que afetaram a saúde e a forma do trabalhador interagir com os processos de trabalho.

Este cenário traz consigo o desafio da gestão dos fatores psicossociais que entram em cena como os chamados “riscos emergentes” e passam a compor os fatores de riscos presentes no ambiente de trabalho. Fatores de riscos psicossociais define-se como “os aspectos da concepção, organização e gestão do trabalho, e seus contextos sociais e ambientais, que têm o potencial de causar dano psicológico, social e físico”.

Diante desse contexto surge a necessidade de se propor intervenções que beneficiem tanto os trabalhadores como as organizações, principalmente no que diz respeito a melhoria dos processos de trabalho e o mapeamento dos riscos psicossociais como ações preventivas não só para a Síndrome de Burnout como para os demais transtornos mentais associados a exposição aos riscos.

No portal O Estado Online, o artigo pode ser acessado AQUI.

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