Importações cearenses têm melhor mês do ano

Em 2018, março foi o mês com maior valor importado, com US$ 212,1 milhões. Em relação a fevereiro, quando fora importado US$ 205,5 milhões, as compras externas apresentaram um aumento de 3,2%. Em relação à 2017, quando foi contabilizado US$ 251,9 milhões, a queda foi de 15,8%. As informações são do Ceará em Comex, estudo divulgado mensalmente pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

As exportações cearenses no mês de março atingiram um valor de US$ 152,2 milhões, apresentando uma queda de 2,6% em relação a fevereiro. Se comparado a março de 2017, a queda é de 20,9%, quando fora exportado US$ 192,5 milhões. No acumulado do ano, um total de US$ 489,0 milhões foi vendido ao exterior. Esse valor representa uma queda de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Observando o comportamento da balança comercial do Estado, as exportações no acumulado de 2018 alcançaram a segunda melhor marca dos últimos 5 anos, chegando à cifra de US$ 489,0 milhões, valor 6,8% menor que 2017. Por sua vez, as importações registraram o terceiro maior valor (US$ 612,4 milhões) dos mesmos cinco anos. Como resultado final de tais trocas comerciais, a balança cearense fechou o mês com saldo negativo de US$ 123,4 milhões, segundo melhor valor dos últimos cinco anos.

O Ceará em Comex mostra que mais de 12,3% das exportações nordestinas de maio são englobadas pelo Ceará, valor menor que o registrado em fevereiro e menor também que os 13,7% exibidos em 2017 no mesmo mês. As importações mantiveram o mesmo ritmo do ano passado, com 11,7%.  Em relação à participação na balança comercial brasileira, as vendas externas do Estado apresentaram queda de 1,04% para 0,90%. No mesmo sentido, as importações caíram de 1,61% para 1,52%. 

Em relação ao ranking do comércio exterior brasileiro por unidade federativa, ordenado pelo valor exportado, São Paulo lidera a lista com US$ 12,6 bilhões, valor esse que corresponde a quase um quarto de tudo que é exportado pelo Brasil. O Ceará posiciona-se na 15ª colocação, uma a menos que a registrada em fevereiro. É o quarto colocado levando em conta somente os estados do Nordeste.

São Gonçalo do Amarante, Fortaleza e Cascavel exibiram queda nas exportações no primeiro trimestre de 2018, esse último com um decréscimo significativo de 66,7%. A lista de exportações cearenses por município concretiza São Gonçalo do Amarante como principal polo exportador do Estado. 51,8% das vendas externas do Ceará provém do município, valor contabilizado em US$ 253,2 milhões. As exportações da Companhia Siderúrgica do Pecém - CSP impactam diretamente no resultado positivo do referido município. Sobral mantém-se à frente de Fortaleza e vem em segundo no ranking, exportando US$ 46,6 milhões, montante 16,7% maior do que em 2017. Icapuí concretiza sua importância no mercado externo cearense devido à forte produção e exportação de melões, apresentando um aumento em suas vendas em 900,5% entre 2017 e 2018.

Examinando o ranking dos principais setores exportados pelo Ceará, “ferro fundido, ferro e aço” segue liderando a lista, com mais de US$ 255,9 milhões. A queda de 9,5% das exportações desse segmento explica boa parte do decréscimo nas vendas totais do Ceará.  O setor de “frutas; cascas de frutos cítricos e de melões” ganha destaque por ter um aumento de 84,0%, colocando o Ceará entre os líderes nacionais desse ramo. O setor calçadista, apesar de perder a liderança estadual, segue como forte participante na pauta exportadora cearense, com US$ 71,6 milhões e apresentou um leve decaimento de 3,7% entre 2017 e 2018.

Quanto às exportações cearenses detalhadas por produtos (NCM), os itens exportados pela CSP, classificados como “outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular”, obtiveram um declive de 11,5% em relação a 2017 e representam mais metade das vendas externas do Estado, totalizando US$ 246,2 milhões. Como citado acima, “melões frescos” exibiu, nos três primeiros meses de 2018, um resultado significativo, com um crescimento de mais de dez mil pontos percentuais saindo de US$ 180,5 mil em 2017, para US$ 18,3 milhões no ano presente.

Apesar de todo a movimentação causada pela imposição de tarifas de importação norte-americana, os Estados Unidos continuam sendo o principal destino das exportações cearenses, principalmente do aço produzido na CSP. O país sozinho é responsável pela compra de 27,6% da produção do Estado destinada ao exterior, contabilizando US$ 134,9 milhões, valor 16,6% maior do que o do ano passado.

A Alemanha, assim como em fevereiro, segue como segundo maior responsável pelas vendas externas do Estado, com US$ 46,7 milhões, montante esse 279,3% maior do que de 2017. A maior variação percentual no comparativo entre os anos é trazida pela Polônia, com um aumento superior a 600 pontos percentuais, alterando sua participação de 0,3% para 2,8% e totalizando um valor exportado de US$ 13,9 milhões.

Verificando o ranking dos estados importadores, o Ceará ocupa a décima terceira posição, uma acima da registrada em fevereiro. Com maior participação no ranking dos municípios cearenses importadores (48,1%), São Gonçalo do Amarante lidera essa lista (Tabela 10). Chorozinho e Eusébio também foram fortemente responsáveis pelo aumento nas importações cearenses.

Insumo para a produção da CSP, o setor de maior representação na pauta importadora cearense em 2018 é “Combustíveis e óleos minerais”, liderando com US$ 299,1 milhões, 19,5% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Outro destaque diz respeito aos elevados aumentos na participação de “Produtos químicos orgânicos”, que subiu de US$ 19,0 milhões para US$ 35,2 milhões. O setor de “Cereais”, apesar da queda de 25,1%, se encontra em segundo lugar.

Em relação as importações cearenses por produtos (NCM) no acumulado de 2018, “Hulha betuminosa, não aglomerada” é o principal item importado pelo Estado, apesar de ter sofrido uma queda de 6,4%. Pode-se destacar, entretanto, com o aumento nas compras do exterior de outros itens, uma maior diversificação na pauta importadora cearense dos quais três dos dez principais produtos relacionados não haviam sido importados no mesmo período do ano anterior. “Outras máquinas e aparelhos de elevação, de carga, de descarga, etc” destaca-se como produto com maior crescimento nas importações, o valor saltou mais de 500 mil pontos percentuais.

A China ultrapassou a Colômbia e se configura como o principal parceiro das importações cearenses no primeiro trimestre de 2018, com US$ 93,8 milhões. Destaques para Trinidad e Tobago, com aumento de mais de mil e seiscentos pontos percentuais entre 2017 e 2018 devido ao fornecimento de insumos para a CSP.

Sobre o CIN

O Centro Internacional de Negócios auxilia as empresas na inserção no mercado internacional, promovendo a cultura exportadora no Estado do Ceará. O CIN faz parte da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC, que junto com Serviço Social da Indústria - SESI Ceará, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI Ceará e Instituto Euvaldo Lodi - IEL Ceará formam o Sistema FIEC.

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