CIC promove debate sobre economia do Nordeste e indústria

O Ceará tem um diferencial competitivo intangível que não está na lista das coisas materiais: a postura do empresariado cearense que tem coragem de atuar na política, direta ou indiretamente. A opinião é da doutora em Economia, Tania Bacelar, que palestrou ontem (21/2) em evento do Centro Industrial do Ceará (CIC), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

Outra vantagem do Ceará é que o estado tem rumo, segundo ela. “Isso faz diferença no Brasil de hoje. Existem documentos que dizem para onde querem ir e para onde não querem ir. Isso faz diferença no Brasil de hoje”, analisa. Tania focou sua fala nas mudanças recentes na base econômica do Nordeste e os desafios para as próximas décadas.

Nesse sentido, ela acredita que a indústria deve continuar sendo prioridade na agenda, com a consolidação de novos paradigmas técnicos de forma que impacte na produção, consumo e sociedade. Um dos grandes desafios, para ela, é a infraestrutura, e a mudança do discurso sobre o Nordeste, que deve ser iniciada pelas lideranças nordestinas.

O presidente da FIEC, Beto Studart, abriu o evento dizendo que a FIEC e o CIC procuram sempre falar no potencial do Ceará e não na pobreza. “Estamos em busca de soluções ricas para contribuir com o desenvolvimento nacional”, afirmou. Beto Studart ressaltou a disciplina do Estado com as contas e a responsabilidade fiscal e da necessidade de trabalhar ainda mais para posicionar o Ceará num patamar de concorrência com outros mercados.

Outro palestrante do evento foi o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Cesar Ribeiro, que apresentou o Ceará dos recentes grandes investimentos, como os hubs portuário, aéreo e de cabos de fibra ótica. “O Ceará tem ambiência para receber grandes investimentos. Um dos nossos desafios é também gerar emprego e renda para outras cidades além de Fortaleza”, disse.

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