Museu da Indústria inaugura exposição Carnaúba – Árvore da Vida

Os aspectos biológicos, beneficiamento, processo de transformação em cera, tonalidade, o papel econômico da carnaúba no desenvolvimento do Ceará e a história da SC Johnson com o Brasil são contados na exposição “Carnaúba – Árvore da Vida”, inaugurada ontem (16/11), no Museu da Indústria, com presença do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Beto Studart; do membro da sexta geração da família Johnson e representante da empresa S. C. Johnson, Connor Johnson Leipold; e chefe de gabinete do governador Camilo Santana, Élcio Batista.

O presidente da FIEC, Beto Studart, ressaltou a expedição da Família Johnson como exemplo de empreendedorismo. “Tiramos o exemplo da família Johnson como um exemplo de empreendedorismo, tornando sua família importante em todo o mundo, deixando um legado importante para nós. Essa história em tudo tem a ver com o cearense, esforçado, que está sempre procurando meios para superar dificuldades”, disse.

A longa história da SC Johnson com o Brasil teve início quando H.F. Johnson Jr., líder da terceira geração da família, desembarcou em Fortaleza em busca de uma reserva permanente da cera de carnaúba, matéria-prima dos produtos da empresa na época. A viagem começou na sede da SC Johnson em Racine, Wisconsin. Dois anos depois, a companhia abriu sua primeira fábrica no Brasil e se tornou a primeira empresa a refinar a cera de carnaúba – além disso, a SC Johnson passou a ser a primeira fabricante no Brasil a financiar e incentivar pesquisas sobre a árvore da carnaúba. Detalhes dessa história e o quanto a família a valoriza foram destacados por Connor Johnson durante a inauguração.

O chefe de gabinete do governador Camilo Santana representou o chefe do executivo cearense na solenidade. Ele considera a carnaúba fundamental para o Ceará. “A carnaúba já foi nosso produto de exportação mais importante. E continua sendo muito importante, inclusive socialmente. Não é possível contar a história econômica do Ceará sem falar da carnaúba”.

Saiba mais sobre a carnaúba
A carnaúba é uma palmeira nativa da região semiárida e compõem o imaginário e o cotidiano dos habitantes dessa área. A palavra carnaúba tem origem na língua tupi e significa “árvore que arranha”. Os primeiros a conhecer e a utilizar a carnaúba foram os índios, através do uso da palha na confecção de cestos, urus e urupemas. No início da ocupação portuguesa, muitos dos carnaubais foram desmatados para dar origem a pastos para o gado, sendo a planta utilizada na confecção de utensílios como bolsas, chapéus, cestas, esteiras, na construção de moradias, e o palmito usado para alimentação da população e de animais em períodos de seca.

Da árvore que arranha, tudo é aproveitado. O palmito da planta jovem é alimento, assim como o fruto, que atrai ruminantes e suínos. As folhas verdes alimentam o gado. Quando elas secam, retira-se o pó, aproveitado na produção da cera. As palhas são utilizadas no artesanato, na fabricação de utensílios domésticos e na cobertura de casas, barracas, entre outras obras da construção civil. Do tronco, fazem-se caibros e linhas para o telhado, e a raiz tem uso medicinal. Ainda nos dias atuais é comum observar o uso do tronco da carnaúba como suporte para cobertura das casas e suas palhas na confecção de materiais utilizados no dia a dia. A cera de carnaúba segue tendo relevante papel na balança comercial do Ceará e é utilizado em diversos ramos da indústria.

Visite a exposição Carnaúba – Árvore da Vida
O Museu da Indústria é um equipamento do Serviço Social da Indústria (SESI/CE), uma das casas da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
A exposição é co-patrocinada pela SC Johnson. Confira os horários para visitação da exposição: terça a sábado – 9h às 17h e domingo – 9h às 13h. Entrada gratuita.

Museu da Indústria - Rua Dr. João Moreira, 143 – Centro)
Mais informações: museudaindustria-ce.org.br / 3201 3901.

                                          

(85) 3421.5916 / Av. Barão de Studart, 1980, Aldeota - Fortaleza-CE
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