Workshop debate modelo de crescimento para o Ceará baseado em governança, investimento e produtividade

O Ceará está prestes a ingressar numa segunda onda de modernização que terá as marcas dos novos tempos: o imperativo de um governo probo, a superação da crise fiscal e a transformação econômica pelas mãos do investimento privado, além do empreendedorismo. Diante dessa constatação, qual modelo de crescimento o Ceará deve perseguir? A questão norteou as discussões do workshop “Governança, Investimento e Produtividade – Reflexões para o Estado do Ceará”, realizado nesta terça-feira (27/6), na Casa da Indústria. O evento é uma iniciativa do Governo do Estrado, através da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), em parceria com o Banco Mundial e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). 

Segundo os organizadores do encontro, o objetivo é gerar uma discussão e reflexão sobre temas chaves que afetam a produtividade empresarial, a efetividade do Estado (governança) em suas políticas públicas e sua habilidade para captar mais e melhores investimentos para gerar os empregos necessários. A ideia é que essa discussão e reflexão coletiva possa ajudar o Estado a definir e priorizar ações para o futuro que possam melhorar o desempenho socioeconômico do Ceará.

Participaram da solenidade de abertura do workshop a superintendente geral do Sistema FIEC, Juliana Guimarães, representando o presidente Beto Studart; o secretário chefe da Casa Civil do Estado do Ceará, Élcio Batista, representando o governador Camilo Santana; os secretários do Planejamento e Gestão, Maia Júnior, e da Fazenda, Mauro Filho; o diretor de País do Banco Mundial, Martin Raiser; e o economista-chefe do Banco do Nordeste, Luiz Alberto Esteves.  

Juliana Guimarães afirmou que governança, investimento e produtividade são centrais no momento político e econômico que o Brasil vive hoje. “Apesar do atual cenário desolador, a Federação entende que surge um momento de virada de chave, de grande mudança, um terreno propício para que novas coisas aconteçam e a FIEC apoia efusivamente políticas de integridade, transparência e estabilidade que possam fazer com que o nosso país volte a crescer novamente. Sediar um evento desses, fortalecer a dinâmica de desenvolvimento do nosso estado, é um grande orgulho para a FIEC”, disse.

Para o diretor de País do Banco Mundial, Martin Raiser, nenhum Estado brasileiro conseguirá construir um novo modelo econômico sem a parceria muito forte com a indústria e por isso, na opinião dele, é muito importante e simbólico que o workshop tenha sido realizado na Casa da Indústria, em Fortaleza. O Ceará, segundo ele, tem mantido uma gestão fiscal prudente e apresentou taxas de crescimento superiores ao PIB nacional por muitos anos. No entanto, ainda persistem desafios com relação à redução da pobreza e à transição da economia de uma estrutura baseada principalmente em commodities e produtos e serviços de baixo valor agregado para um mix mais diversificado e intensivo de mão de obra qualificada.

“O desafio é: como reativar o crescimento do Estado? O que deve ser feito para diferenciar o Ceará do restante do país, focando no que o Estado deve fazer para gerar mais investimento e aumentar a produtividade? Acho fantástico que o Ceará está pensando como reinventar o seu modelo de crescimento. Isso é importante para o Ceará e para o país inteiro”, declarou.

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