Exportações cearenses em maio crescem 154,2%

As exportações cearenses apresentaram em maio crescimento de 117,2% em relação ao mês anterior, alcançando US$ 205,4 milhões. O montante exportado é 154,2% superior à igual período de 2016, quando fora exportado US$ 80,8 milhões. Trata-se do décimo mês consecutivo em que o Estado registra aumento quando comparado com os meses do ano anterior. As importações também registraram crescimento (8,1%) em maio em relação ao mês anterior, chegando a US$ 181,5 milhões. Além disso, o resultado é 46,4% superior aos US$ 124,0 milhões registrados no mesmo período de 2016. Como resultado dessas movimentações, o Ceará registrou balança comercial superavitária em US$ 23,8 milhões em maio.

No que diz respeito as trocas comerciais do Estado no acumulado do ano, as vendas externas cearenses alcançaram a cifra de US$ 824,3 milhões – alta de 109% quando comparado com 2016. Na mesma direção, as compras do exterior atingiram US$ 931,5 milhões – elevação de 29,2%. Como efeito final de tais transações comerciais, a balança cearense no acumulado do ano ficou negativa em US$ 107,2 milhões. Apesar do resultado, tais valores representam uma evolução em 67,2% em relação a 2016, quando o Estado acumulou perda de US$ 326,7 milhões. Além disso, a balança comercial cearense está reduzindo o seu déficit com a evolução dos meses.

As movimentações das trocas comerciais do Estado influenciaram diretamente na participação das exportações e importações cearenses na balança comercial do Nordeste no acumulado do ano, onde o peso das vendas externas do Ceará avançou de 7,74% (em 2016) para 12,4% (em 2017), e das compras do exterior passou de 11,04% (ano passado) para 11,76% (atual). É a primeira vez no ano que o peso das exportações cearenses no Nordeste é maior que o das importações. Em relação ao Brasil, o peso das exportações cearenses praticamente dobrou, passando 0,54% e 0,94%. Do lado das importações, a participação avançou de 1,34% para 1,58%.

O Ceará posicionou-se na décima quinta colocação no ranking dos estados exportadores brasileiros, com US$ 824,3 milhões, praticamente empatado com os US$ 824,8 milhões registrados por Pernambuco. Não obstante, em termos de indicadores de crescimento, o Ceará apresentou a terceira maior alta no país com 109% - bem acima da média nacional de 19,6%. No tocante aos principais municípios cearenses exportadores, Cascavel, Caucaia e Aquiraz apresentaram quedas nas suas vendas externas quando comparado com 2016. São Gonçalo do Amarante lidera a lista com US$ 460,9 milhões - representando mais da metade da pauta exportadora cearense.

Nesse sentido, as exportações da Companhia Siderúrgica do Pecém - CSP têm destaque na série temporal do Ceará, repercutindo diretamente nas vendas externas de São Gonçalo do Amarante. Com relação ao ranking dos principais setores exportadores do Ceará, o setor de “ferro fundido, ferro e aço”, afirma sua posição no topo da lista, com aumento exponencial em torno de 16 mil pontos percentuais (saindo de US$ 2,7 milhão para US$ 444,9 milhões) sobre 2016. Mais uma vez, constata-se a importância da CSP na pauta das exportações cearenses. Ainda como destaque, registra-se um aumento no setor de “Combustíveis Minerais”, de quase mil e setecentos pontos percentuais e o de “Suco de frutas e demais preparações hortícolas e de frutas”, com 46,2%. Em sentido contrário, o setor de “Frutas (incluindo castanha de caju) ” e “Algodão” representaram as maiores quedas da lista, com 40,4% e 41,5% respectivamente. Em ambos os casos, a limitação dos recursos hídricos afetou significamente o resultado de tais setores.

Principal comprador dos produtos cearenses no ano, os Estados Unidos registraram participação de quase 26% nas vendas externas no Estado, com total de US$ 212,7 milhões. Vale ressaltar o aumento significativo de quase oito mil pontos percentuais do volume exportado para a Turquia, firmando a terceira colocação. Há também consideráveis elevações para a Coreia do Sul (quase sete mil pontos), Tailândia (acima de mil trezentos pontos) e México (mil e dezenove pontos). Tais desempenhos são em virtude das chapas metálicas exportadas pela CSP.

Verificando o ranking dos estados brasileiros importadores em 2017, o Ceará se firma na décima terceira posição, com US$ 931,5 milhões. Apenas cinco Unidades da Federação (RJ, MS, DF, PA e SE) apresentaram decréscimos nas compras externas. São Gonçalo do Amarante continua sendo a cidade com a maior participação (41,0%) no ranking dos municípios cearenses importadores, com US$ 381,8 milhões. Destaques para Tianguá e Eusébio, com aumentos respectivos de 398% e 139,2% quando comparado com o ano anterior.

Em relação aos principais setores importados pelo Estado em 2017, “Combustíveis e óleos minerais” lidera a pauta, com US$ 354,2 milhões. Outros destaques se relacionam aos elevados aumentos na participação de “Algodão”; “Ferro fundido, ferro e aço”; “Produtos químicos diversos” e “Gorduras e óleos animais/vegetais”, respectivamente em 443,8%; 251,4%; 150,4%; e 95,6%, se comparados ao ano de 2016. Na contramão, os setores de “Produtos químicos orgânicos”; e “Máquinas, aparelhos mecânicos e suas partes” registraram quedas respetivas de 32,4%; e 18,8%.

A China foi o principal parceiro das importações cearenses no acumulado de 2017, com aproximadamente US$ 155,8 milhões e crescimento de 17,9% em relação a 2016. Chamam a atenção os elevados aumentos registrados por Austrália (627,9%); Canadá (272,6%); Nigéria (86,5%); e EUA (77,2%) – este último posicionando-se como o segundo maior país de origem das importações do Estado.

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