CONAG discute retomada da cultura do algodão no Ceará

O Conselho Temático das Cadeias Produtivas e Agronegócios da FIEC (Conag), presidido por Bessa Júnior, recebeu nesta quarta-feira (17/5), na Casa da Indústria, o chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa. Ele falou sobre um programa que visa o ressurgimento da cultura do algodão no Nordeste, a partir do Ceará. Participaram da reunião diretores do Sindialgodão e Sinditêxtil.

Sebastião Barbosa relatou que na década de 1980, com o surgimento do bicudo do algodoeiro, a produção declinou na região Nordeste e deslocou-se para a região do cerrado brasileiro, para Estados como o Mato Grosso, Bahia e Goiás. Segundo ele, o Ceará já teve mais de dois milhões de hectares destinados à cotonicultura. Hoje, esse território não chega a mil hectares. 

Na avaliação do pesquisador da Embrapa, o Ceará tem condições de produzir o melhor algodão do mundo. Segundo ele, o algodão produzido em regime de sequeiro, nas condições áridas do Nordeste, pode sim ser muito melhor do que o algodão que vem do cerrado.

“Quando a gente fala da volta da produção de algodão no semiárido, no Ceará, a gente não está falando da volta daquele algodão que era produzido lá na década de 80. A gente está falando de alguma coisa com tecnologia. Não existe mais a mão-de-obra no campo disponível para capinar o algodão ou colhê-lo na mão. O setor precisa se organizar com a participação de todo mundo. Estamos trabalhando para viabilizar essa tecnologia”, disse.

O chefe-geral da Embrapa Algodão segue uma agenda técnica no Ceará, com visitas a produtores em Iguatu, Quixeramobim, Ematerce, Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Adece e a indústrias têxteis.

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