Medo do desemprego diminui, mas se mantém em patamar elevado, informa CNI

O Índice de Medo do Desemprego retraiu 0,5 ponto frente a dezembro e atingiu 64,3 pontos em março. Apesar da queda, o índice continua em patamar superior à média histórica de 48,3 pontos e bem acima dos 31,3 pontos registrados em dezembro de 2014, antes que a percepção da crise econômica abalasse a confiança dos brasileiros quanto à estabilidade do mercado de trabalho. As informações são da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta terça-feira, 11 de abril.

De acordo com a economista da CNI Maria Carolina Marques, desde a forte alta no medo do desemprego no começo de 2015, o índice vem oscilando um pouco, mas em patamar alto. “Por isso, esse recuo de março não sinaliza que as expectativas dos brasileiros em relação ao emprego estejam melhorando significativamente”, avalia Maria Carolina.

Conforme o levantamento, houve queda no indicador de 1,4 ponto na comparação com março de 2016. A região Nordeste é a única a apresentar crescimento no medo do desemprego em relação ao mesmo período do ano passado. O índice, para essa região, teve alta de 6,1 pontos, ante queda de 2,5 pontos nas regiões Norte e Centro-Oeste, 2,8 pontos no Sudeste e 8,9 pontos no Sul.

Em relação à renda familiar, o medo do desemprego aumentou entre os que ganham até um salário mínimo, com alta de 2,2 pontos no indicador. O índice permaneceu estável entre os que possuem renda familiar entre um e dois salários mínimos, caiu 3,2 pontos entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos e caiu 5,5 pontos entre os com renda familiar acima de cinco salários mínimos.

Os brasileiros também estão menos satisfeitos com a vida em março, cujo indicador registrou queda de 1,2 ponto em relação a dezembro. No entanto, o índice teve alta de 1,6 ponto frente a março de 2016.

O levantamento trimestral foi feito com 2 mil pessoas em 126 municípios entre 16 e 19 de março.

Veja a íntegra da pesquisa no Portal da Indústria.

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